Noção e objecto da Economia Política 2
(A.J.Avelãs Nunes)
Ricardo não duvida do sistema capitalista e apoia-se nos elementos optimistas. E alerta também para os perigos do estado estacionário.
Karl Marx
Marx expõe a Lei do Valor baseada na teoria do valo r de D.Ricardo. Marx acentua o facto da ciência económica ter surgido como a ciência da burguesia.
A Economia Política Marxista é como um sinónimo de ciência de classe ( do proletariado), propondo-se consciencializar a classe operária das condições e natureza da sua acção.
Marx proporciona uma concepção materialista da história que considera como um conjunto de processos e não um conjunto de coisas acabadas. Assim, a Economia política Marxista surge como ciência teórica ou ciência histórica - daqui a concepção matearialista da história lançada por Marx.
Marx dá importância às relações entre os homens no processo de produção ( relações sociais de produção). Realça então as relações de produção na sua interdependência com as forças produtivas.
Estas mesmas relações de produção levam-nos a uma superestrutura da socieddade e a realidade social aparece como que uma perspectiva global.
Marx é da opinião de que as mercadorias são trocadas pelo preço de produção e não pelo valor. Portanto, advertimos daqui que Marx vê no capitalismo um sitema de exploração necessária em que a força do trabalho é paga pelo seu valor – Lei do Valor.
Para Marx a mais valia é o excedente, ou seja, a diferença entre o valor da força de trabalho e o produto ( trabalho não pago).
Apesar de Marx defender que a história da humanidade tem como base a história daluta de classes, é assim mesmo que há uma superação da ordem estabelecida – neste caso, o capitalismo.
- Perspectiva Subjectivista Marginalista –Considerada a mainstreams económica, ou seja, a perspectiva académica dominante. Vem contrariar todas as teorias do valor e do excedente apoiadas na perspectiva clássica marxista.
Jean baptiste Say
Say rejeita a teoria do valor- trabalho e expõe a teoria dos 3 factores de produção. Say sustenta que as relações de produção são desencadeadas pelo empresário que adquire os serviços produtivos fornecidos pela natureza (proprietário das terras), pelo trabalho ( trabalhadores) e pelo capital ( capitalistas), pagando aos seus titulares o preço que se fixar nos mercados para cada um deles. Assim, se houver grande oferta de capitais, o seu preço no mercado diminuirá; se houver pouca oferta de trabalhadores, o seu preço no mercado aumentará, e assim por diante.
Para Say existe uma posição de igualdade entre as classes sociais. O lucro deixa de ser visto como o excedente.
Pela primeira vez desde os fisiocratas, as classes sociais desaparecem da análise económica.
Mcculloch / Nassau Sénior
Mcclloch mede o valor dos bens pelo sacrifício dos que o produzem e não pela quantidade de trabalho. Sénior considera a abstinência como factor do valor e defende que esta justifica uma compensação tal como o sacrifício representado pelo trabalho.
O valor ( custo real) de um bem é igual ao trabalho necessário para o produzir mais a abstinência dos detentores do capital. O custo monetário integra o salário + lucro.
Revolução Marginalista
Foi a partir de 1870 que a ciência económica tomou o rumo que ficou conhecido por marginalismo. Surgem novos conceitos subjectivos de valor que vão implicar variações dos preços no mercado.
Este novo paradigma representa um corte radical com a Economia Política clássica: deslocação da análise da oferta para a procura; adopção de uma perspectiva estática; apresentação da economia como matemática ; afirmação da utilidade como medida de valor ; centro de análise no comportamento de compradores/ vendedores; apresentação da teoria do equilíbrio geral das trocas ; apresentação da teoria da produtividade marginal; esgotamento do problema da distribuição na esfera da troca, defesa das virtudes do capitalismo.
Síntese de Lionel Robbins
“ A economia é a ciência que estuda o comportamento humano enquento relação entre fins e meios escassos susceptíveis de usos alternativos”.
Problema económico – escassez
Princípio económico – Homo oeconomicus na luta contra a escassez
Juízo económico – averiguar qual a melhor escolha
Praxeologia- ciência da escolha racional que se aplica tanto ao homem isolado como ao homem em sociedade
Para Robbins a ciência económica é a-histórica
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