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Antecedentes históricos do FMI e Banco Mundial
(Aline Dávila)

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Nós podemos entender organização internacional como uma associação voluntária de sujeitos de Direito Internacional, constituída mediante ato internacional, de caráter relativamente permanente, dotada de regulamento e órgãos de direção próprios, cuja finalidade é atingir os objetivos comuns determinados por seus membros constituintes.
Vamos falar sobre duas importantes organizações internacionais para a economia mundial: o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial. Elas são expressões da política monetária do período pós-guerra, e tem como o mais importante componente e dirigente os Estados Unidos desde a sua criação, na Conferência de Bretton Woods. Por isso, para que se possa entender como os Estados Unidos vieram a ocupar esse lugar de destaque e quais os princípios que basearam o FMI e o Banco Mundial, faz-se necessário entender o cenário histórico desse período.
Com a consolidação do sistema capitalista, no século XIX, iniciou-se uma grande integração entre a economia dos países, fazendo com que se dividissem em centrais e em periféricos. Foi o choque de interesses econômicos dos países centrais que deu causa a I Guerra Mundial. Essa guerra, apesar de ter sido extremamente destrutiva para os países europeus, foi extremamente benéfica aos Estados Unidos, que, a partir desse período, emergiram como a maior potência capitalista, oferecendo todo tipo de produtos aos países envolvidos na guerra e passando a exercer controle sobre mercados que antes eram controlados pelos países europeus, principalmente a Inglaterra.
Porém, em 1929 culminou a crise do capitalismo causada pela incompatibilidade entre o crescimento da produção industrial e a capacidade de consumo. Desse fato decorreram vários outros problemas como o desemprego, crise financeira e agrícola. E por causa dessa integração econômica, os efeitos não foram só sentidos pelos Estados Unidos, mas por todos os outros países (centrais e periféricos) ligados economicamente a eles.
Apesar das várias medidas adotadas pelo governo americano para reverter esses efeitos, através de uma maior intervenção estatal, a guerra se mostrou como uma saída natural para a crise, porque através dela seria possível uma redivisão de mercados e uma retomada do crescimento industrial.
Foram este e outros motivos político-ideológicos que fizeram os Estados Unidos participarem da II Guerra Mundial. Com a derrota das forças do Eixo, os Estados Unidos saem da guerra com a sua hegemonia no bloco capitalista confirmada.
Foi então que os Estados Unidos sentiram que estava na hora de acontecer uma redefinição das bases e metas da economia mundial e que ele tinha todas as condições de liderar e conduzir essa redefinição para que eventos, como aquele de 1929, não voltassem a ocorrer. Eles dão o primeiro passo nessa direção quando participam juntamente com a Inglaterra e outros países da Conferência do Atlântico de Ajuda Mútua, em fevereiro de 1942, na qual foram colocadas as primeiras idéias de uma reestruturação econômica internacional.
Porém, só no ano de 1944 é que se consegue efetivar essas idéias. Neste ano, na cidade de Bretton Woods, nos Estados Unidos (claro), 730 delegados de 44 nações se uniram na Conferência Monetária Financeira das Nações Unidas, onde, depois de 3 semanas de intensas discussões, seria assinado o Acordo de Bretton Woods.
Os princípios que guiaram a formação desse novo sistema econômico refletiam uma reação às políticas bilatérias e protecionistas, bem como aos processos especulativos provocados pelos problemas cambiais e monetários que surgiram depois da I Guerra Mundial e sofridos principalmente durante a década de 30. Contra isso, criou-se um sistema capaz de restaurar as condições para promover o movimento de mercadorias e de capitais, livre e multilateral.
Havia um alto nível de concordância sobre as metas e os meios de gerenciamento econômico internacional e uma crença comum no capitalismo intervencionista, porém ainda existiam algumas divergências sobre comose daria essa intervenção: a França, por exemplo, preferia um maior planejamento e intervenção estatal, enquanto que os Estados Unidos eram favoráveis a uma intervenção estatal mais limitada.
Entretanto, enquanto os países europeus procuravam estabilizar suas balanças de pagamento desestabilizadas, ao mesmo tempo em que evitavam uma depressão econômica interna, os Estados Unidos pretendiam consolidar o seu poderio econômico-financeiro sem deixar de oferecer sua assistência à recuperação européia.
Portanto, o FMI e o Banco Mundial são a expressão prática das decisões tomadas, instrumentos da hegemonia americana e dos países desenvolvidos para a reconstrução dos países afetados pela guerra e para a adoção de um sistema financeiro mais seguro.



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