A Revolução dos Bichos
(George Orwell)
Em forma metafórica, neste livro George Orwell (pseudônimo de Eric Blair), faz um alerta sobre os perigos - inerentes à natureza humana - que ocorrem toda vez que uma minoria, inicialmente ou aparentemente bem intencionada, assume o poder.
É um clássico, que deve fazer parte das leituras obrigatórias.
Com inteligente e bem humorada ironia, o autor nos adverte dos perigos de toda oligarquia, do abuso que ocorre por governantes seduzidos pelo poder.
Em uma fazenda, os bichos, liderados pelos porcos, resolvem fazer sua própria revolução e apoderar-se da propriedade, que passaria a ser gerida e compartilhada igualmente por todos.Os porcos, contudo, por serem os mais inteligentes e capazes de gerenciamento, formam um comitê que elabora uma série de leis, cujo objetivo é garantir a igualdade entre todos, e o total afastamento das normas humanas. Por exemplo, uma dessas leis diz: “Nenhum animal dormirá em camas.” Outra afirma: ‘Todos os animais são iguais.’
No decorrer do tempo, os porcos vão adquirindo vantagens e começam a abusar dos companheiros, que, revoltados, apelam para as leis. Para surpresa de todos,
a redação das leis aparece ligeiramente modificada: ‘Nenhum animal dormirá em camas, sem colchões.’ e ‘Todos os animais são iguais, porém, alguns são mais iguais que os outros.’ Como os outros animais não possuem cópias das leis, não podem argumentar, e assim, a odiosa oligarquia de porcos agora oprime o povo da fazenda, substituindo a opressão humana.
O final é sutil: “já não era possível distinguir quem era homem e quem era porco”. Desta maneira, George Orwell nos remete à deturpação ocorrida na Rússia pelos líderes subseqüentes a Lênin _ Trotski e Stálin _ que passam a administrar autoritariamente a União Soviética.
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