Resumo de Poetas Românticos Brasileiros - Ruben Pereira dos Santos

CHAVES: Poesia, Brasil, Romantismo, Regionalismo, Gerações.
Título do Livro: Poetas Românticos Brasileiros.
Autora: SANTOS, Rubens Pereira dos.
Faz parte de uma Coleção da Editora Scipione, intitulada “MARGENS DO TEXTO”, para suprir a necessidade curricular sobre os autores da literatura nas escolas, esta coleção nos trás os Poetas Românticos do Brasil. Retrata o início do Romantismo no Mundo Ocidental e no Brasil. Apresenta as profundas mudanças na sociedade da época com a Revolução Francesa e seus ideais de Liberdade, Igualdade e Fraternidade. Essas mudanças repercutem nas letras. A imprensa desenvolve-se bastante, aumenta o público centrado na literatura e a liberdade de criação rompe com os valores Clássicos. Conforme afirmação de Vitor Hugo, “Metamos o martelo nas teorias, nas poéticas e nos sistemas. Abaixo este velho reboco que mascara a fachada da arte! Não há regras nem modelos além das leis da natureza, que planam sobre toda arte, e das leis especiais que, para com cada composição, derivam das condições próprias de cada assunto”. Corresponde a POESIA ROMÂNTICA BRASILEIRA, dividida em Gerações. São três as gerações da Poesia Romântica Brasileira. 1ª Geração, 2ª Geração e 3ª Geração.
1ª Geração da Poesia Romântica do Brasil: Tendo como modelo Chateubriand, é marcada pelos fenômenos temáticos; Nacionalismo e o Indianismo. Começa em Paris com a publicação da Revista Niterói (Niterói Revista Brasiliense) – uma revista de Brasileiros para Brasileiros em Paris. Seu pioneiro é José Gonçalves de Magalhâes – Médico/Deputado e Diplomata, com Seus “Suspiros Poéticos e Saudades” – poemas escritos e editados em Paris em 1836; e a “Confederação dos Tamoios” – 1856. Ambas as obras que o destacaram no cenário romântico. Mas, Antônio Gonçalves Dias – Advogado, é aquele que mais se destaca, se torna o mais importante nacionalista desta geração. Escreveu “Primeiros Cantos” – 1846; “Segundos Cantos” – 1848; “Últimos Cantos” – 1851 e “Os Timbiras” (inacabada) -1857. Entre outras são as mais conhecidas.
2ª Geração da Poesia Romântica do Brasil: Tendo como modelo Byron, é marcada pelos fenômenos temáticos; Egocentrismo, Ultraromantismo, Mal do século, o Satanismo, a Ironia, o Desejo de Morrer e o Individualismo. Começa com a publicação da obra poética “Lira dos vinte anos” – 1853. Seu grande representante é Antônio Álvares de Azevedo – Advogado, teve vida agitada e morte prematura – morreu aos vinte anos. Sua fértil imaginação, grande intelectualidade, nos rendeu belíssimas pérolas do romantismo. Com poemas como “Se eu morresse amanhã” – poema que exalta o desejo de morrer e sua obsessão pela imagem da mãe e irmã; em a “Noite na Taverna” – 1855. Todas as obras que o destacaram no cenário romântico foram publicadas postumamente. Escreveu ainda “Macário” – 1855; “O Conde Lopo” – 1866. Entre outras. Outros autores se destacam nesse período: trata-se de Casimiro José Marques de Abreu – O Poeta da INGENUIDADE, do LIRISMO e POPULARIDADE, ficando conhecido por uma única obra “As Primaveras” – 1859, Nicolau de Fagundes Varela – O Poeta ATORMENTADO. Autor de “Noturnas” – 1861, “O Estandarte auriverde” – 1863, “Vozes da América” – 1864 entre outras e José Junqueira Freire – O Poeta dos SONHOS e dos DELÍRIOS, também conhecido por uma única obra “Inspirações do Claustro” – 1855.
3ª Geração da Poesia Romântica do Brasil: Tendo como modelo Vitor Hugo, é marcada pelos fenômenos temáticos; Sociais, Liberalista, Eróticos e Sensuais. Começa com a publicação da obra poética “Espumas Flutuantes” – 1870. Seu grande representante é Antônio Frederico de Castro Alves – Advogado, de vida agitada pela campanha abolicionista, junto a Tobias Barreto. Homem galante apaixonou-se pela atriz Eugênia Câmara, sofreu a amputação de um dos pés, após acidente de caça. Morreu em Salvador, vítima de tuberculose. De grande capacidade intelectiva, destacou-se no romantismo. Com poemas abolicionistas como “Navio Negreiro” – poema que descreve e critica o tráfico de escravos em sua época; em “Boa noite!...” – destaca-se o poema lírico-amoroso com um acentuado sensualismo. Escreveu ainda “A Cachoeira de Paulo Afonso” – 1876; “Os Escravos” – 1883. Entre outras. Outro autor se destaca nesse período: trata-se de Sousândrade, Joaquim de Sousa Andrade – O Poeta MARGINALIZADO, conhecido por suas preocupações sociais e o sentimento de americanidade, são obras: “Harpas Selvagens” – 1857, “O Guesa Errante” – 1866, “Novo Éden” – 1888/1889, “Harpas d’ouro” – manuscrito descoberto por Luís Costa Lima. Referências Bibliográficas:
SANTOS, Rubens Pereira dos – Poetas Românticos Brasileiros – 1ª Edição, SP, Editora Scipione, 1993.

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