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Os Sertões
(Euclides da Cunha)

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A mais importante obra de Euclides da Cunha, faz uma análise científica do fato histórico. O autor ultrapassa a narrativa da Guerra dos Canudos e denuncia as condições de vida do camada que ele intitula "sub-racas sertanejas do Brasil". Depois desta obra, nenhum estudo antropológico sério sobre nosso sertanejo pode dispensar a leitura deste trabalho. Como militar, engenheiro, jornalista e escritor, Euclides da Cunha era o homem certo para escrever um dos mais trágicos episódios da nossa História. Os Sertões, é dividido em três partes: A Terra, O Homem e A Luta.A Terra é uma descrição detalhada feita pelo engenheiro e militar Euclides da Cunha, mostrando todas as características do lugar, o clima, as secas, a terra, enfim. Pode-se observar o profundo conhecimento de geologia, incluindo mapas de relevo e da hidrografia feitos pelo próprio Euclides da Cunha. O Homem é uma descrição feita pelo sociólogo e antropólogo Euclides da Cunha, que mostra o habitante do lugar, sua relação com o meio, sua gênese etnológica, seu comportamento, crença e costume, afirmando: "O sertanejo é, antes de tudo, um forte. Não tem o raquitismo exaustivo dos mestiços neurastênicos do litoral"(...). Depois de longa descrição do sertanejo, se fixa na figura de Antônio Conselheiro, o líder de Canudos. Apresenta seu caráter, seu passado e relatos de como era a vida e os costumes de Canudos, como relatados por visitantes e habitantes capturados. Estas duas partes são essencialmente descritivas. Após a apresentação do lugar e dos personagens, o autor passa para o tema central do livro: a Guerra de Canudos, relatada na terceira parte, A Luta. A Luta é uma descrição feita pelo jornalista Euclides da Cunha, relatando as quatro expedições a Canudos, criando o retrato real só possível pela testemunha ocular da fome, da peste, da miséria, da violência e da insanidade da guerra. Retratando minuciosamente movimento de tropas, o autor constantemente se prende à individualidade das ações e apresenta casos isolados marcantes que demonstram bem o absurdo de um massacre que começou por um motivo tolo - Antônio Conselheiro reclamando um estoque de madeira não entregue - escalou para um conflito onde havia paranóia nacional, pois suspeitava-se que os "monarquistas" de Canudos, liderados pelo "famigerado e bárbaro Bom Jesus Conselheiro" tinham apoio externo. No penúltimo capítulo da obra, o autor escreveu:
"Canudos não se rendeu, exemplo único em toda história, resistiu até ao esgotamento completo. Expugnado1 o palmo a palmo, na precisão integral do termo, caiu no dia 5, ao entardecer, quando caíram seus últimos defensores, que todos morreram. Eram quatro apenas: um velho, dois homens feitos e uma criança, na frente dos quais rugiam raivosamente cinco mil soldados."(...) "Caiu o arraial a 5, no dia 6 acabaram de o destruir desmanchando-lhe as casas, 5200, cuidadosamente contadas" No final, foi apenas um massacre violento onde estavam todos errados e o lado mais fraco resistiu até o fim com seus derradeiros defensores. 1) EXPUGNADO: Conquistado a força de armas; que tomba vencido, mas lutando.



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