A carta
(Pero Vaz de Caminha)
Pouco se sabe acerca de Pero Vaz de Caminha, até se tornar escrivão da armada de Pedro Álvares Cabral.Era filho de Vasco Feenandes Caminha,fidalgo e escrivão ligado aos empreendimentos ultramrinos. Deviso à sua participação na guerra contra Castela, em 1476, foi nomeado Mestre da Balança da (Casa) de Moeda,um cargo equivalente ao de escrivão e tesoureiro.Também foi eleito vereador pela cidade de Porto.em 1497,tendo redigido os Capítulos da Câmara,uma espécie de Constituição local. Não se conhecem as circunstâncias em que Caminha foi nomeado escrivão da amada,mas o cargo revela prestígio e confiança junto á Corte portuguesa.Após a viagem ao Brasil,devia fixar-se na Índia,como escrivão da feitoria portuguesa em Calecute.Porém,diante da hostilidade dos habitantes dessa cidade à sua frota,Cabral reagiu com grande violência, massacrando os indianos. Pero Vaz de Caminha morreu em combate, em um dia ignorado de dezembrode 1500. Foi a Carta do achamento que fez o escrivão passar à História. Escrita entre os dias 26 de abril e 1° de maio de 1500,tem como objetivo informar ao rei de Portugal,D. Manuel 1,o descobrimento e apresentar-lhe o que ai se encontrou. A carta revela um estilo claro,marcado pela objetividade que convém a um relaório. Os fatos aparecem narrados em ordem cronológica,desde o começo da viagem, em 9 de março até o momento de deixar o Brasil, em 2 de maio. Mas o texto acaba sendo mais do que apenas um inventário de fatos, pois o escrivão não se comportou como um simples burocrata. A primeira publicação da carta foi feita pela Padre Manuel Aires do CAsal,que encontrou uma cópia do texto no arquivo da MArinha REal do Rio de Janeiro.
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