Como varia a biodiversidade ao longo de um gradiente de latitude II
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As regiões temperadas (entre 23 e 67º de latitude) apresentam uma diversidade de espécies muito maior que as regiões polares, com muitas espécies endémicas e abundância, incluindo anfíbios e répteis. A variedade de espécies é mesmo assim menor que nas regiões tropicais.
Uma zona de floresta tropical com apenas 100 km2 pode conter até 400 espécies de aves, 125 espécies de mamíferos, 150 espécies de répteis e anfíbios (uma das três ordens da classe Amphibia é restrita aos trópicos), 150 espécies de borboletas nocturnas e diurnas… Quase todos os grupos de organismos atingem nos trópicos a sua diversidade máxima. Todos os nichos possíveis são habitados embora a maior abundância e variedade de vida se encontre na copa das árvores (os níveis de luz são mais elevados, são mais produtivas que o solo). As florestas da América Central e do Sul são as mais ricas em espécies de todos os ecossistemas do mundo, embora cubram apenas 7% da superfície do globo estima-se que podem conter 90% das espécies existentes na Terra (nunca menos de 75%), especialmente insectos. É também nos trópicos que se situam os grandes recifes de coral aos quais estão associados 30-40% de todas as espécies de peixes marinhos.
As razões para tal variedade geográfica em número de espécies não são ainda completamente conhecidas mas dependem de duas questões correlacionadas: a origem da diversidade ao longo da evolução das espécies, e a manutenção da diversidade. Para resolver estas questões é necessário conhecer as condições presentes e passadas que ocorrem e ocorreram em determinada área, principalmente condições climáticas, edáficas e topográficas.
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