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COMO LIDAR COM A HIPERATIVIDADE
(Jerson Aranha)

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COMO LIDAR COM A HIPERATIVIDADE O comprometimento não é só social, existe o comprometimento no aprendizado, chegam na adolescência muitas vezes, sem saber ler, mal saberão escrever, e foram passadas de ano não por conhecimento, mas por influência dos pais, ou por leis absurdas do governo. A hiperatividade vem se tornando um tema de preocupação entre os educadores, qual a razão? A preocupação é grande, pois a criança não consegue um adequado desenvolvimento no aprendizado, além dos transtornos comportamentais que apresenta na sala de aulas. A escola é o lugar mais propício para se detectar uma criança hiperativa? Podemos dizer que a escola é local onde a alteração do comportamento se apresenta de modo mais visível. Mesmo que a criança seja hiperativa em casa a acomodação dos familiares a esse comportamento não permite, por vezes, uma boa percepção. Existe algum projeto governamental que ajude as classes economicamente desfavorecidas com crianças hiperativas? Não me consta que haja algum projeto neste sentido, a menos que esteja sendo discutido em nível se secretaria e que não foi divulgado, ainda. O percentual de crianças com hiperatividade é grande? É grande. Chega à faixa dos 10% no pré-escolar e 4,5% no escolar. Temos dois tipos de crianças com hiperatividade, os que têm problemas escolares, pela dispersão, desatenção, falta de concentração e em conseqüência do seu comportamento não conseguem atingir os objetivos no aprendizado; temos hiperativos com um desempenho escolar muito bom, conseguem fazer as tarefas muito rapidamente, mas não ficam quietos, atrapalham a dinâmica da classe e por este motivo a feitura da tarefa pelos outros alunos, passam a ser também mal quistos pelos colegas e até rejeitados pelo grupo porque acabam incomodando aqueles que querem aprender e não conseguem por estarem sendo incomodados. Existe uma causa orgânica para a hiperatividade? Na nossa concepção sim. Imaginamos que é uma disfunção do sistema nervoso, e essa disfunção leva a esse tipo de comportamento. Quando usamos medicamentos para tratar, alteramos essa desorganização bioquímica, e com isso conseguimos um comportamento adequado, diminuímos a hiperatividade, melhoramos todo o contexto que está em torno, que é a dispersão, desatenção, falta de concentração e com isso atingimos um desempenho escolar adequado. Para nós a parte bioquímica é fundamental. Mas a hiperatividade pode ser de ordem psicológica? Ás vezes fica difícil saber quem veio primeiro, temos crianças que são hiperativas desde pequenas já no primeiro ano de idade, acordam muitas vezes durante a noite, ou não dormem, são crianças com muitas cólicas, que choram o tempo todo, são aquelas crianças eternamente insatisfeitas.Por outro lado temos crianças que por uma desestruturação familiar podem apresentar um comportamento hiperativo, tanto que o tratamento nesses casos é sempre paralelo, o medicamento não substitui o tratamento psicológico porque a criança hiperativa já tem alguns problemas em outros setores, escola, família, social, etc. que devem ser abordados. O medicamento corrige o comportamento, mas a reestruturação individual necessita de outra abordagem. O medicamento age de modo agudo na hiperatividade e o tratamento psicológico necessita de longo prazo, o resultado será tardio, e nesse período o indivíduo continua inadaptado, continua a ser rejeitado, continua apresentando os mesmos problemas do início. O medicamento pode melhorar rapidamente essa parte comportamental, e o tratamento psicológico é algo necessário e até obrigatório nesses casos. Com o tratamento a hiperatividade tem cura? Na maioria das vezes, sim. Durante o tratamento observamos uma melhora no comportamento hiperativo, uma vez que o medicamento modula o comportamento dessas crianças, e a partir daí, temos a certeza de que atingimos o platô, o medicamento é retirado progressivamente até parar e com isso a criança mantém o comportamento esperado. A hiperatividade é considerada uma doença? Se formos consideras sensu-lato é uma doença. Podemos usar a palavra que quisermos como: distúrbio, disfunção, etc., mas no final teremos uma alteração, então não deixa de ser uma "doença". Existem causas genéticas na hiperatividade? Geneticamente é determinada porque encontramos uma predominância no sexo masculino, encontramos antecedentes familiares, pais, avós, que tinham um quadro semelhante. Estudos estão em desenvolvimento no sentido de se determinar qual o gen responsável e já existem algumas descrições a respeito. Qual a diferença entre essas duas abordagens: psicológica e biológica, da hiperatividade? Não tem uma diferença fundamental na apresentação clínica, mas através dos testes psicológicos é que faremos uma avaliação da parte emocional, e assim detectar as alterações relacionadas ao quadro. A avaliação psicológica é pertinente, é necessária, porque temos que fazer uma abordagem bi-lateral. Se formos imaginar que a criança já vem desde a época de berço apresentando a hiperatividade, não será a questão emocional a mais evidente. Por outro lado existem correntes que consideram o stress da gravidez como um ponto de desenvolvimento da hiperatividade e com isso a criança já nasceria com essas características e o tempo se encarregaria de desenvolver o quadro de modo mais exuberante. O tratamento independentemente das causas, é o mesmo? Exato. Temos que usar o medicamento que sem dúvida nenhuma é o ponto do tratamento agudo e com o medicamento obteremos melhoria no máximo em uma semana, dez dias, já notaremos uma melhoria importante no comportamento, ao passo que o tratamento psicológico, como é um tratamento mais lento de sedimentação, necessita um tempo longo.



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