Fernão Capelo Gaivota
(Richard Bach)
“Ao verdadeiro Fernão Capelo Gaivota que vive em todos nós”.
As gaivotas são aves litorâneas que não voam mais de 30 metros de altura, fazendo sempre o mesmo percurso: da areia da praia até a superfície do mar a fim de se alimentarem dos peixes e restos de comida deixados pelos barqueiros. Nenhuma gaivota se interessa em ir além disso, todas têm um único objetivo na vida: comer. Todas, exceto Fernão Capelo Gaivota, que mesmo desencorajado pelos seus pais e banido de seu meio, supera as limitações de sua natureza aviária.
O clássico de Richard Bach nos fala de forma metafórica sobre a conquista da liberdade. Pois Fernão Capelo não é uma gaivota vulgar como seus pares, presos às rígidas leis do bando. Fernão cria suas próprias leis e realiza o sonho de atingir vôos inimagináveis aos seus semelhantes. A história de Fernão Capelo Gaivota é a história da descoberta do “eu” que busca ser livre à revelia das velhas convenções sociais. O romance de Bach é uma pequena, porém grandiosa, enciclopédia de frases filosóficas e poéticas que fixam emotivamente na memória. Como o personagem-título, o bom leitor vai compreender o quanto é possível fazermos vôos sem pensarmos em limites numéricos; eternizar o momento; ultrapassar as fronteiras do tempo passado e futuro; vencer os obstáculos impostos pelo espaço. Enfim, ser puramente livre. Esse é o pensamento vivo de Fernão Capelo Gaivota.
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