"As técnicas disciplinares". Corpos Dóceis. In: Vigiar e Punir: a história da violência nas prisões
(Michel Foucault)
As técnicas disciplinares
Foucault faz a abertura do capítulo Corpos dóceis fazendo uma abordagem sobre o corpo do soldado. Segundo ele, a representação da força e da valentia representada no corpo do soldado do século XVII contrasta –se com a figura do soldado do século XVIII em que, o soldado com seu corpo inapto, tornou – se um corpo que se fabrica conforme as necessidades. Segundo Foucault, na época clássica o corpo foi descoberto como objeto e alvo de poder e, através da disciplina pode ser modelado e controlado . Através da disciplina que manipula, que treina e que controla temos um corpo dócil. Ou, como diz Foucault: “a disciplina fabrica assim corpos submissos e exercitados, corpos ‘dóceis’”. (FOUCAULT, 1995, p.127. Essa disciplina que “produz” corpos dóceis é uma forma de dominação. Refere – se a uma arte do corpo em que “o corpo humano entra numa maquinaria de poder que o esquadrinha, o desarticula e o recompõe. Uma ‘anatomia política’, que é também igualmente uma ‘mecânica do poder’” (FOUCAULT, 1995, p. 127) , tornando este corpo tanto mais obediente quanto útil. Por meio desses métodos “coercitivos” disciplinares obtém – se assim o controle minuncioso das operações corporais, sujeitando o indivíduo a uma espécie de relação de docilidade e utilidade. Dessa forma, quanto mais dócil, mais útil o torna.
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