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As Ciências Sociais
(Marta Bastos)

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As ciências sociais são um ramo do conhecimento científico que estuda os aspectos sociais do mundo humano. Diferenciam-se das artes e das humanidades, pela preocupação metodológica. Os métodos das ciências sociais, como a observação participante e o survey,
podem ser utilizados nas mais diversas áreas do conhecimento, não
apenas na grande área das humanidades e artes, mas também nas ciências
sociais aplicadas, nas ciências da terra, nas ciências agrárias, nas
ciências biomédicas, etc. Embora polêmica, é comum a distinção entre qualitativos e quantitativos.
Disciplinas do currículo mínimo das Ciências Sociais são: antropologia, sociologia, ciência política e metodologia científica. Essas ciências sociais germinaram na Europa do século dezenove, mas é no século XX, em decorrência das obras de Karl Marx, Emile Durkheim e Max Weber
que as ciências sociais se desenvolvem. O carro chefe a sociologia:
neologismo cunhado por Durkheim, seu primeiro professor. Embora a obra
de Marx seja anterior, este viria também a ser reconhecido sob o
epíteto de sociólogo. Ninguém mais merecedor de orgulho do que estes
dois sociólogos: o primeiro um intelectual acadêmico interessado na
fundação de uma disciplina científica, o segundo um intelectual
militante interessado na fundação de uma nova sociedade. Durkheim com
seus pares na busca de regras de método que elevem ao estatuto
científico o conhecimento sobre a sociedade. Marx, ao contrário, mal
visto pelos seus pares, foi encontrar na classe trabalhadora sua
identidade. As atrocidades das relações de trabalho da época (e que
ainda vigoram) fizeram com que atribuísse a este grupo social, assim
definido em relação ao sistema econômico capitalista, ora a força da
transformação da sociedade, ora apenas uma peça do complexo quebra
cabeças da história. No meio termo entre o academicismo e o
militantismo está a participação de Weber, para quem a ciência e a
política são duas vocações distintas. Distintas mas comensuráveis: ele
próprio teórico da burocracia e do processo de modernização, contribuiu
para a burocratização e modernização da Alemanha ocupando cargos
políticos.
Mas porque o carro chefe é a sociologia e não a Ciência Política tão antigas como o nome de Maquiavel
ou a Antropologia também anterior? A resposta há de estar no momento
histórico de consolidação do novo currículo do ensino superior europeu
durante o curto período de plena vigência do movimento intelectual
conhecido como Positivismo. Então a nova disciplina, sociologia, vem renovar as outras duas já vigentes. Assim, um discípulo Durkheim, Marcel Mauss, que vai dar o tom da renovação da antropologia na França. Em um contexto diferente, o inglês, Bronislaw Malinowski
também contribuirá para a renovação da antropologia através do método
funcionalista que irá marcar uma ruptura com o viés colonialista dos
estudos antropológicos até então desenvolvidos na Inglaterra.



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