''Socialismo ou morte'' não muda vida da classe média venezuelana
(Paulo Moreira Leite; O globo on-line)
O presidente Hugo Chávez anunciou a chegada do socialismo à Venezuela,Nenhuma idéia de comunismo resiste a dez minutos do consumismo que temos neste país.Não se trata de uma visão isolada. A denúncia do “socialismo ou morte” ocupa a agenda da oposição, sem tribuna no país depois que decidiu boicotar a maioria das eleições de 2005 para cá e acabou de mãos vazias, sem cadeira na Assembléia Nacional nem na maioria das administrações estaduais e muncipais. Mas a boa saúde da economia venezuelana parece confirmar a idéia de que as grandes mudanças políticas só ocorrem quando “os de baixo não querem viver como antes e os de cima não podem viver como antes”. Nos últimos três anos, o PIB do país cresceu 10%, em média. A construção civil explodiu, os financiamentos de casa própria cresceram mais de 220% em relação ao mesmo período anterior.O esforço revela que Chávez investe pesado com lucros petrolíferos para aumentar sua influência. Os alvos não são apenas países cujos líderes têm ideologia próxima à sua - Equador, Bolívia, Cuba -, mas também nações menos simpáticas à sua "revolução bolivariana", como México, Peru, Colômbia e Costa Rica. A Venezuela tem boas relações comerciais com o Brasil, mas Chávez e Lula discordam sobre a integração da América do Sul. Uma discordância que o governo brasileiro deixa em segundo plano com ênfase nas relações econômicas. De 2003 a 2006, Caracas saltou da 23ª posição para a 10ª entre os compradores de produtos brasileiros. Chávez irrita o Brasil com críticas ao etanol e com ofertas de equipamentos e verbas aos bolivianos caso a Petrobrás se retire da Bolívia.
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