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O Parnasianismo no Brasil
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O PARNASIANISMO NO BRASIL
No Brasil, a adoção do Parnasianismo tem um múltiplo significado:
Representa um desligamento da realidade local no que essa tinha de pobre, feia e suja. Na adoção de valores europeus, os poetas fecham suas obras para um mundo grosseiro, feito de horrores, pestes e exploração, trocando o país concreto pela antigüidade, pelo sonho com a cidade-luz, Paris, e pelo nacionalismo ufanista. Nem todos os parnasianos são conservadores do ponto de vista político, mas sua arte o é.
Assinala o triunfo de uma estética rígida que corresponde a uma sociedade imobilizada. Os princípios da escola tornam-se cânones e quem os desobedece , não ingressa no reino da poesia. Surgem vários tratados, ensinando os leitores os preceitos e os truques da nova poética que acaba caindo no gosto do público. Um público pequeno: a elite leitora de fins do século XIX chega no máximo a cinco por cento da população.
Apresenta uma arte centrada em obviedades escritas com ênfase retórica. Além das fórmulas fixas de agrado popular, como o soneto, do refinamento verbal - que distinguia o letrado do semi-analfabeto - e das regras autoritárias de poesia, os parnasianos produzem mensagens convencionais, insípidas e, até mesmo, certas reflexões filosóficas muito próximas da banalidade. Esta tendência ao convencional e ao lugar-comum consolida-se socialmente porque não ameaça, não questiona, não põe em xeque as concepções que as classes dirigentes tinham de si mesmas e do Brasil.
Domina intelectualmente o país por quarenta anos. De maneira inesperada, os poetas do período acabam ganhando adeptos não somente nas elites, mas também nos círculos intelectuais das nascentes classes médias urbanas. Assim, o Parnasianismo espalha-se por todo o país, alcançando um número monumental de seguidores. Seu domínio foi de tal ordem que os organizadores da Semana de Arte Moderna tiveram como um dos objetivos básicos a destruição desses modelos parnasianos de poesia e de cultura.
Coloca a criação literária como resultante do esforço e não da inspiração. Os românticos haviam expresso uma crença tão apaixonada na espontaneidade, no borbulhar do gênio, no instinto criativo, que todo o trabalho de pesquisa e cuidado formal do artista parecia supérfluo. Já os parnasianos consideram a poesia como um processo artesanal de luta com as palavras, de busca do rigor, de suor e dedicação. Rompem com o amadorismo e a facilidade. Mostram que a arte, normalmente, não aceita os preguiçosos e aproximam-se da visão contemporânea sobre a construção do texto literário e o papel profissional do escritor. A primeira manifestação parnasiana no Brasil data de 1882, ano em que se publica o medíocre Fanfarras, de Teófilo Dias. Mas o movimento estrutura-se e ganha prestígio popular com a constituição da famosa tríade parnasiana: Olavo Bilac, Raimundo Correia e Alberto de Oliveira. O universalismo se sobrepõe ao nacionalismo. Entretanto, o Parnasianismo inicial, ligado à inspiração derivada dos temas históricos de Roma e Grécia, vai se deslocando, aos poucos, para a paisagem brasileira, graças à ação do meio e das tradições poéticas, tendendo à busca da simplicidade clássica, os poetas não obedecem com precisão o cientificismo e nem primam pela objetividade, mas se orientam pelo determinismo, pessimismo e sensualidade, prevalecendo, com freqüência, a exigência de precisão, a riqueza de linguagem e a descrição.



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