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Queimaduras
(Thaís)

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A queimadura é uma lesão dos tecidos orgânicos em decorrência de um trauma de origem térmica, elétrica, química, ou por radiação, podendo variar desde uma pequena bolha até formas mais graves que podem desencadear um grande número de respostas sistêmicas.
Nas lesões provocadas por queimaduras, o órgão mais afetado é a pele e, por isso, o organismo perde o seu tecido protetor tornando-se propício a infecções bacterianas e ao aumento da perda de líquidos em regime constante de evaporação.
A ferida consiste de três zonas: a zona de coagulação onde as células estão irreversivelmente lesionadas e ocorre morte da pele; a zona de estase onde a infecção e/ou o ressecamento da ferida irão resultar na conversão do tecido que poderia se conservado em tecido necrosado caso não ocorra adequado tratamento; e a zona de hiperemia que é a zona de lesões celulares mínimas e que podem ser facilmente recuperadas.
Sua gravidade é determinada de acordo com diversos fatores como idade do paciente, profundidade da lesão, tipos de lesões, regiões afetadas, agente causador, porcentagem da superfície cutânea lesada e traumas associados; Para determinar a área queimada utiliza-se a “regra dos nove”, que foi desenvolvida por Polaski e Tennision e divide a superfície corporal em segmentos que equivalem a aproximadamente 9% do total, sendo diferenciada para adultos e crianças.

Tipos de Queimaduras
As queimaduras podem acontecer por diversos estímulos, mas as lesões térmicas decorrentes do fogo são as mais freqüentes. Existem também as queimaduras complexas que são causadas principalmente por: fricção mecânica; eletricidade; radiações ionizantes; e produtos químicos.
A elétrica é o tipo de queimadura que se deve a passagem de corrente através da pele e tecido depois de a pele ter entrado em contato com um condutor elétrico; apresentará uma ferida de entrada localizada onde o condutor teve contato com o corpo e uma ferida de saída; o músculo lesionado fica mole; a vítima pode apresentar fibrilação ventricular e anóxia; espasmo das artérias e necrose vascular; e é frequentemente observada lesão da medula espinal, porém, muitas vezes, as alterações nervosas e da medula espinhal não se manifestam imediatamente, podem levar meses ou até mesmo anos para que estas se tornem sintomáticas.
Na térmica são lesões cutâneas causadas pelo calor ou pelo frio que podem causar manifestações locais dependentes da profundidade e local da lesão e manifestações sistêmicas como choque neurogênico seguido por cheque hipovolêmico, devido à acentuada perda de exsudato na superfície queimada; infecções secundárias; e pela elevada temperatura no local da lesão promove um estado hipermetabólico que juntamente com a perda de proteínas plasmáticas promovem desequilíbrio hidroeletrolíticos e nutricionais.
A queimadura química é a denominação dada às lesões cáusticas, como por exemplo o cimento, provocadas por agentes químicos, em que o dano tecidual nem sempre resulta da produção de calor.
A radioativa é aquela provocada por radiação nuclear ou até mesmo pelo sol, radiação ultra-violeta. As queimaduras de sol são induzidas preponderantemente por radiação UVB. Os danos que provocam manifestam-se pelo aparecimento tardio de vermelhidão e inchaço, seguidos de bronzeamento e descamação da pele. Algumas vezes, a pele escurece sem antes avermelhar, o que não significa que não tenha ocorrido lesão.
Após 48 a 72 horas pode ser didaticamente dividida em queimaduras de primeiro, segundo e terceiro graus.
As queimaduras de primeiro grau são superficiais e as lesões restringem-se a epiderme, as manifestações clínicas são hiperemia local, quadro doloroso pronunciado pelo fato das terminações nervosas encontrarem-se intactas, ausência de bolhas ou exsudato e apresenta alterações na estabilidade hemodinâmica do paciente.
Na queimadura de segundo grau acontece lesão de toda a epiderme e parte da derme. São geralmente hiperemicas, podendo ser pálida se oedema alcançar uma profundidade que comprometa o aporte sanguíneo; apresentam exsudato e bolhas; e a dor existe pela irritação das terminações nervosas intactas.
Na queimadura de terceiro grau a epiderme e a derme são destruídas, podendo estar ou não acompanhada a perda de substâncias musculares, exposições ósseas ou de vasos trambosados. A cicatrização é muito difícil, demorada e deixa muitas seqüelas; a dor é menor do que nas outras duas devido a presença das terminações nervosas lesadas. Como esta queimadura é profunda, há liberação exagerada de catecolaminas e isto agrava o quadro cutâneo com vasoconstrição e fragilidade capilar, passando líquido para o tecido, formando assim o edema.
A queimadura de quarto grau é a queimadura elétrica, envolve completa destruição de todos os tecidos desde a epiderme até os tecidos ósseos subjacentes. Haverá uma ferida de entrada, que estará carbonizada e deprimida e uma ferida de saída que normalmente exibe bordas explosivas; será necessário tratamento cirúrgico da ferida e possivelmente amputação parcial total do membro acometido para que o paciente retorne com algum grau de capacidade funcional.



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