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A EDUCAÇÃO EM KANT: COMO A EDUCAÇÃO PODE LEVAR O HOMEM A AGIR MORALMENTE BEM
(Douglas Felix dos Santos)

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A EDUCAÇÃO EM KANT

COMO A EDUCAÇÃO PODE LEVAR
O HOMEM A AGIR MORALMENTE BEM

O pensar filosófico é sempre sobre algo dado, ou seja, a filosofia não é construtora de seu objeto de conhecimento. Ao filósofo cabe o debruçar-se sobre a realidade buscando compreendê-la e, a partir disso, demarcar o lugar do homem na natureza; o objeto de estudo da filosofia é, sobretudo, o mundo do homem. Desde os seus primeiros passos na Grécia antiga, a filosofia tenta responder às inquietações mais profundas do ser humano. Ora, o conhecimento filosófico pretende ser de alcance universal. Ainda que encontremos em nossa civilização vários filósofos ou vários modos da filosofia abordar o real, observamos em cada pensador ou sistema uma visão global-universal, que tem como objetivo ajudar a humanidade na sua peregrinação rumo à sua realização plena.
Quando quer compreender um aspecto do real, a filosofia geralmente almeja encontrar uma definição que diga o que este aspecto é de fato. Em se tratando, por exemplo, da educação (um aspecto da vida do homem), a pergunta que o filósofo se faz é: que é educação? Recuando na história do pensamento ocidental, é possível verificar o quanto a resposta a essa pergunta assumiu diversas formas conforme a época, o lugar, as circunstâncias, concepção política, etc. Essa história não fornece respostas definitivas ao que seja educação, mas oferece respostas que ajudam o homem a aprofundar o conhecimento de sua própria natureza.
A natureza pode ser tomada sob dois aspectos. O primeiro se refere à natureza em geral, enquanto conjunto da realidade: animais, vegetais, astros, etc. Neste aspecto, o homem é parte integrante da natureza e está, como os outros seres, submetido às suas leis. No entanto, pode-se tomar a natureza sob um segundo aspecto. Isso se dá quando se fala de natureza humana, ou seja, aquilo que é próprio do ser humano. Neste sentido, o homem é um ser que se diferencia dos outros porque, embora faça parte da natureza, é próprio de sua natureza a abertura e a independência das leis naturais. Os homens são, pois, construtores de sua própria natureza. O ser homem se faz no conjunto das relações dos homens entre si. E aqui entra a educação como aquela que, juntamente com a natureza, modela o homem.
Assim, pode-se afirmar que o homem necessita da educação, “parceira” da natureza, pra se tornar plenamente o que é. Tal é a posição de Kant na obra escolhida como referência para este trabalho acadêmico. A educação sempre esteve presente direta ou indiretamente nas reflexões filosóficas, ao longo da história do nosso pensamento. Kant, um dos mais notáveis pensadores ocidentais, também abordou em seu sistema filosófico a problemática da educação. Suas reflexões sobre a educação são fruto de notas de alguns cursos que ele ministrou e que, posteriormente, foram organizadas por um de seus discípulos e, em seguida, publicadas. Através dessas notas, pode-se compreender o papel da educação dentro do seu sistema filosófico.
Vivemos em uma época marcada por uma crise dos valores éticos. Hoje, vemos uma grande preocupação dos pensadores contemporâneos em fundamentar uma ética que contenha valores que sejam válidos para todos os seres humanos. Esses valores teriam que ter princípios baseados na própria natureza do homem, independentemente das diversas culturas ou religiões, embora não necessariamente prescindindo destas. Kant foi um pensador que teve a preocupação em fundamentar os valores que deveriam orientar a práxis humana. Embora Kant não fundamente sua ética na educação, ele mostra, em Sobre a Pedagogia, que o homem só se torna plenamente humano mediante a educação. Esta não deve ser entendida, simplesmente, como educação formal, aquela da escola, mas a que engloba a formação total do ser humano.
Acreditamos que a crise ética se reflete, sobretudo, na crise pela qual passa a educação em geral. A crise ética é também uma crise da educação. Por isso a pertinência, no nosso entender, de tratar o tema da educação em um autor tão preocupado com as questões morais; ainda mais porque, para Kant, o fim último da educação é levar o sujeito a agir conforme às leis morais, dadas por ele mesmo. Kant pode nos ajudar a compreender melhor, com sua concepção pedagógica, o sentido de educar-nos para a vida ética.



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