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Origens da Psicologia
(Muller)

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O conceito de Psicologia, como ciência que trata do comportamento e dos processos mentais, é relativamente recente. Durante séculos, a Psicologia não conseguiu foros de ciência nem se constituiu como uma área distinta da Filosofia.
A Psicologia era entendida como o estudo da alma. Aliás, o termo “psicologia” deriva das palavras gregas psiquê e logos, significando, etimologicamente, o estudo da alma ou da mente. A alma foi objecto de reflexão por parte de diversos pensadores da Antiguidade, nomeadamente Platão (427-347 a.C.) que defende que [“(...) a alma possui desde sempre a verdade (...) é capaz de uma reminescência que demonstra a sua existência anterior (...)”[1]] e Aristóteles que (384-232 a.C.) [“Considera que os pitagóricos e os platónicos, na sua preocupação de afirmar o carácter sobrenatural da alma, negligenciam as condições reais, físicas e orgânicas da sua existência (...)”[2]]. Os pensadores teciam brilhantes e aprofundadas considerações sobre os mistérios da alma e da consciência, mas não souberam dar o salto adequado para o terreno científico, onde as reflexões cedem lugar a hipóteses susceptíveis de ser controladas por factos observados na experiência.
Só nos finais do séc. XIX, após diferentes estudos e teorias— como de S. Tomás de Aquino (1225- -1274) [“ (...) que vai buscar a Aristóteles as suas formas essenciais (...)”[3]], Descartes (1596-1650), J. Locke (1632-1704) [ “(...) vê na experiência e na razão as condições necessárias e suficientes do conhecimento (...)”[4] ], G. Berkeley (1685-1753), D. Hume (1711-1776), I. Kant (1724-1804), J. F. Herbart (1776-1841) ou H. Helmholtz (1821-1894) — é que a Psicologia se emancipa da tutela da Filosofia. O seu reconhecimento como ciência é feito quando deixa de se preocupar com a alma e elege outro objecto de estudo — após a teoria estruturalista de Wundt — permeável à observação e ao controlo experimental (Behaviorismo, Wats




[1] Muller, F. L. (1976), “História da Psicologia I-Da Antiguidade a Bergson”, I Parte, Cap. V. Publicações Europa América.

[2] Muller, F. L. (1976), “História da Psicologia I-Da Antiguidade a Bergson”, I Parte, Cap. VII. Publicações Europa América.

[3] Muller, F. L. (1976), “História da Psicologia I-Da Antiguidade a Bergson”, II Parte, Cap. XII. Publicações Europa América.

[4] Muller, F. L. (1976), “História da Psicologia I-Da Antiguidade a Bergson”, III Parte, Cap. XVI, Publicações Europa América



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