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O Ateneu
(Raul Pompéia)

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Raul d?Ávila Pompéia nasceu em 1863, em Angra dos Reis, Rio de Janeiro. Estudou no colégio Abílio, dirigido pelo Dr. Abílio César Borges, Barão de Macaúbas. Em 1881 está em São Paulo, fazendo o curso de Direito na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco. Participa da campanha abolicionista, leva uma vida agitada, criando inimizades e polêmicas. O autor conseguiu entrar para a literatura com um único livro publicado: O ATENEU. Depois disso, abandonado por todos, suicida-se no dia de Natal, em 1895.
O livro carrega, de certa forma, as suas memórias. A narrativa é feita em primeira pessoa, mostrando, através do personagem Sérgio, revelações escondidas na sua consciência. O personagem-narrador Sérgio conta a sua vida como aluno interno no Ateneu. Ficção e realidade estão muito próximas. Ê um romance autobiográfico. Sérgio é Raul Pompéia, Dr. Aristarco, diretor do colégio Ateneu, é, na realidade, o Dr. Abílio.
Há dois pólos a serem explorados no livro. O individual, com a vivência de Sérgio no colégio interno. Passa por questões envolvendo o homossexualismo, pois o colégio só tinha meninos. Enfrenta a tirania do diretor e toda uma realidade sem diálogo. Enfim, vive só. No campo político-social, o Ateneu representa a Monarquia e Aristarco, o governo. No final do livro um dos meninos provoca um incêndio no colégio, destruindo toda uma vida de crueldades, sem amizades e companheirismo. É como se Raul Pompéia se vingasse daquela vida no colégio interno. O autor-narrador encontrou nesse lugar um outro mundo, com regras, vícios e comportamentos particulares. Muita coragem, precisavam ter aqueles meninos. Outra realidade que choca é o impacto da extrema mudança: deixar o aconchego e o carinho da família para viver em um ambiente externo, totalmente hostil e mau. Não há como resistir.
Com relação à linguagem , Raul Pompéia nos surpreende com um excelente estilo. Alterna observações amargas com saudade e felicidade. Vocabulário minucioso, com eufemismos e metáforas. Narrativa, personagens e linguagem tem um único objetivo: desmascarar o comportamento hipócrita da sociedade. Pena que o autor não consegue sobreviver a tudo isso. O mundo foi cruel demais para ele.



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