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Espelho, Espelho Meu...
(Cybele Meyer)

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Espelho, esta superfície polida que reflete imagens, sempre despertou fascínio no ser humano. A criança por volta dos 6 meses de idade, inicia o conhecimento do próprio corpo através do espelho. É a chamada fase especular. A princípio ela se sentirá surpresa com o que vê. Tentará pegá-la, sorrirá para ela sem reconhecer-se, mas depois acabará por descobrir que a imagem ali refletida é a da sua pessoa. Nesta fase ela irá descobrir sua cor, se sua barriga é saliente, se suas pernas são grossas ou finas. É claro que ela ainda não possui os conceitos. Ela irá se observar, se analisar sem se qualificar. Na verdade, todos nós seres humanos, conservamos a fase especular ao longo da vida. Na adolescência, o espelho é de fundamental importância para a análise das mudanças que estão ocorrendo. Dependendo da forma como se interpretar a imagem ali refletida, o espelho poderá se tornar nosso melhor amigo ou nosso pior inimigo. O espelho poderá também ser nosso cúmplice, pois diante dele treinaremos discursos decisivos, olhares penetrantes, sorrisos marotos, bem como será testemunha de uma espinha camuflada, de uma sobrancelha aumentada, de uma barriga disfarçada dentro de uma cinta apertada. Ele é nosso companheiro diário. Na verdade, é para ele que olhamos logo que acordamos. Nos mostramos como somos, sem disfarces, sem qualquer pudor. Quando vamos comprar roupas. É para ele que pedimos aprovação.Quando cortamos o cabelo, ou o pintamos, é para ele que mostramos se a mudança ficou do agrado.Quando descemos no elevador, não conseguimos ficar de costas para ele. Se entramos em alguma loja e ele está ali exposto, não conseguimos passar por ele sem darmos uma olhadela. Quando estamos dirigindo, é só o semáforo fechar para imediatamente procurarmos por ele. Se vamos a um restaurante, sempre arranjamos uma desculpa para irmos ao encontro dele. Ele nos propicia, em determinadas situações, que nos sintamos bem com a nossa imagem corporal para podermos interagir com o meio. Ele também é de fundamental importância para os exercícios psicomotores, uma vez que nos auxilia na forma correta de proceder aos exercícios aeróbicos, aos passos de balé, a musculação, ao karatê e muitos outros. Enfim, ele é sempre bem-vindo a qualquer hora, em qualquer lugar. Na velhice, ele nos trás a realidade dos anos vividos, as marcas das preocupações sofridas, os cabelos que perderam sua cor original. Além de ser nosso amigo, companheiro ou até mesmo cúmplice ele também nos desperta o lado mágico, poético e porque não macabro! Lembram-se da história da Branca de Neve, onde o fiel amigo e conselheiro da rainha malvada morava dentro do espelho? Era ele quem lhe alimentava o ego. Era ele quem lhe prevenia do perigo causado pela beleza estonteante de Branca de Neve. E Alice no País das Maravilhas! Lembram-se onde ficava este país das maravilhas? Dentro do espelho!! Foi entrando nele que ela pôde viver as melhores experiências de sua vida de conto de fadas! E a lenda de Narciso, que ao ver sua beleza refletida nas espelhadas águas de um lago, ficou tão inebriado com sua própria figura que lhe despertou um amor desmedido por si mesmo. Na ânsia de querer alcançar sua imagem atirou-se ao lago onde morreu infeliz por não ter conseguido se possuir. Quantos filmes tiveram seus dramas robustecidos por rostos tristes ou apavorados refletidos nele.Como então, nós educadores podemos viver sem um espelho em sala de aula! Porque então não sermos nós, professores, o espelho que está faltando dentro da sala de aula! Nós educadores podemos refletir as experiências dos grandes Cientistas, podemos refletir a mente dos grandes Pensadores, a sabedoria dos grandes Filósofos, as teorias dos grandes Pedagogos. Nós professores podemos refletir a luz de contentamento dos olhos daquele aluno que chegou ao resultado esperado. Podemos refletir a satisfação do rosto em razão de um caminho encontrado. Podemos refletir o sorriso dos lábios diante do recebimento de uma aprovação, de uma conclusão de curso, de uma Pós, de um Mestrado, e de muito mais! Mas também podemos refletir o desespero do ?clic? que não aconteceu, do ano letivo perdido, do desânimo diante do estudo enfadonho. A diferença que existe entre a situação de ser o professor o espelho em classe e do espelho propriamente dito é que o professor pode propiciar a mudança do reflexo, ou seja, a mudança ocorre do reflexo para o refletido e não vice-e-versa. É só nos propormos a isto. É desta forma que se fará a diferença.



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