Amigo Velho
(Guildo Wilmar Sassi)
O livro é dividido em sete contos. João Onofre tinha um grande "apego" ao pinheiro que havia perto de sua casa. Um certo dia, a madeireira a qual os filhos de João trabalhavam, resolveu cortar todos os pinheiros, desde capão até o rio, o qual incluía o pinheiro de João Onofre. Esse pinheiro oferecia comida eles, mais uma razão para que João tentasse conversar com o responsável da madeireira para não cortá-lo, mas nada conseguiu, apenas ficou com mais raiva da madeireira. Depois de arrancarem o pinheiro, João sempre tinha que caminhar muito para catar comida (pinhão). Um tempo depois João morre, e Dico (sobrinho de João) faz uma cruz com madeira e um letreiro escrito "Aqui Jaz João Onofre", mas o que não sabiam, era que essa madeira era a do pinheiro que João tinha na frente de sua casa e pelo qual lutou tanto. O conto mostra o grande apego que João tem pelo pinheiro, é como se fosse um membro de sua família, um filho praticamente. Lutou muito, sem resultados, para que o pinheiro não saísse de perto de si, e ao fim, o "filho" retorna ao pai. Cerração Procópio era um caminhoneiro que transportava madeira em seu caminhão que estava caindo aos pedaços e nem havia terminado de pagar. Certo dia ao carregar seu caminhão, Procópio vê que o carregamento das madeiras estava lhe dando prejuízo, não ganhava quase nada por transportar as madeiras da Serra para o Porto de Itajaí. Amargurado com a vida, e em meio a uma grande cerração, Procópio se perde na direção e cai num barranco, morrendo "prensado" pelas madeiras que transportava. O conto mostra o drama de um homem que não consegue dinheiro com seu trabalho. Faz com que ele perca as esperanças. Assim, ao dirigir, perde a concentração, tenta controlar o caminhão de novo, já não tinha mais chances. Uma História dos Outros Conta a história de um homem que estava falido com sua madeireira, sem dinheiro suficiente para pagar suas dívidas. Enquanto conta o dinheiro que possuía, sua filha pergunta para que seria aquele dinheiro, e ele lhe responde que seria para queimar. Ao falar isso um vizinho bate à porta e o homem vai atender. Ao voltar vê sua filha queimando todo o dinheiro. Vendo isso ele enlouquece e corta as mãos da menina, deixando-a morrer por perda de sangue. O conto mostra um pai desesperado por tentar salvar sua família, se enlouquece ao ver sua filha queimando o dinheiro, e num ato de loucura, desequilibrado, acaba matando-a. Noite Mané Juca colhia pinhas para vender na feira. Certo dia ele e sua mulher que estava grávida, foram colher pinhas. Quando estavam voltando da colheita, Mané Juca vê uma pinha cheia e num ponto bem fácil apanhá-la. A mulher diz para ele não subir, mas ele teimoso sobe, e colhe várias pinhas. Ao tentar descer, não consegue. Tenta de tudo, acabando por passar a noite sobre a árvore e a mulher a sua espera. O homem tentando ganhar dinheiro, tenta pegar o máximo de pinhas possível. A árvore o "prende" ao tentar apanhá-las, e mesmo com os avisos da mulher, ele sobe, por ganância, e fica preso a noite inteira sobre a árvore. Prece de Criança Uma médica conta para sua paciente Melita, uma menina pequena, uma história sobre um paciente que acabara de morrer. Bento, era um homem que vendia vassouras e pinheiros para o pessoal da cidade, e era muito caçoado pelas crianças do bairro, inclusive por ela, na época uma criança. Melita sente pena de Bento e convida a médica para fazer uma prece por ele. Assim, a médica atende ao pedido da menina e reza junto com ela para o morto. No conto a médica começa a ser incentivada pela menina a rezar por um homem a qual ela caçoava quando era criança. Fez com isso ela se "desculpar" pelos feitos do passado ao velho homem. Serragem João Raizer trabalhava em uma serralheria, e sempre ao meio-dia se deitava na serragem e esperava Jurema, filha do compadre Anastácio, trazer sua comida. João Raizer queria se casar com Jurema, mas não sabia como falar isso para ela. Então ela avisa a João que seu pai o convidou para ir em sua casa, pois era o aniversário de Jurema. Ele, diante disso, pensa em pedi-la em casamento para Anastácio. Jurema vai embora e João Raizer volta ao trabalho, durante o serviço, ele se descuida e corta seu braço. Sangra muito entrando serragem no ferimento. Vai para o hospital onde falece. Raizer teve a chance de proclamar seu amor à Jurema, mas por vergonha, não consegue. Pretendia pedir a mão de Jurema para o pai no dia do aniversário dela. Mas tem seu objetivo interrompido ao morrer no serviço.
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