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Introdução À Pesquisa Em Ciências Sociais
(Augusto N. S. Trivinos)

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Augusto Nibaldo Silva Triviños é doutor em Filosofia e Letras pela Universidade Central de Madri, Espanha, Mestre em Educação e Pós-doutorado na Alemanha Federal. Professor de Metodologia da Pesquisa na Faculdade de Educação e no Curso de Pós-graduação em Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
O autor aborda a indisciplina como obstáculo ao desenvolvimento do pensamento acerca dos conteúdos em educação. A indisciplina se constitui numa ausência de coerência entre os suportes teóricos que fundamentam a prática social. Tal incoerência resulta da mistura de correntes de pensamentos, que se deve ao processo unilateral de informação cultural. A indisciplina impede o discernimento sobre verdadeira natureza dos problemas, pois se manifesta por um obscuro ecletismo e também por uma exposição metafísica e mecânica das idéias. A qualificação do trabalho intelectual vincula-se a disciplina, outorgando à Filosofia a capacidade de levar a um quadro de referência.
O problema fundamental da Filosofia vincula-se às conquistas da ciência dando ênfase à necessidade de se desenvolver a idéia básica, que sustente teoricamente a maneira como se observa o mundo/realidade que se constitui por fenômenos e objetos, caracterizados como material e espiritual.
O autor esboça, ainda, uma explicação minuciosa sobre o Idealismo e Materialismo. Antes, porem divide o Idealismo Filosófico em Idealismo Objetivo e Idealismo Subjetivo. Neste, a idéia fundamental é a identidade de Ser e do Pensamento (visão hegeliana) ? a idéia em si.
Trivinos traça um panorama geral sobre os enfoques na pesquisa em Ciências Sociais fazendo um breve destaque ao enfoque personalista, ressaltando a sua importância em análises da realidade social, econômica e política na América Latina. A abordagem maior é sobre o positivismo, a fenomenologia e o marxismo, cujo questionamento volta-se para as dificuldades que os pós-graduandos, principalmente, em Educação encontram no momento de definir o quadro teórico.
O autor caracteriza as três principais vertentes, apontando as suas idéias básicas e as críticas e limitações destas vertentes, quais sejam, o positivismo, a fenomenologia e o marxismo, com o objetivo de ?clarear os caminhos teóricos? dos pesquisadores, e em seguida apresenta os principais elementos de um projeto de pesquisa. Afirma que na introdução deve-se apresentar o esboço da fundamentação teórica, a formulação do problema, os objetivos da pesquisa, as hipóteses e as questões de pesquisa ou perguntas norteadoras, bem como aspectos metodológicos, deve incluir, naturalmente, uma visão do contexto do problema, ressaltando sua utilidade, viabilidade, originalidade e importância.?
Trivinos critica a dimensão do corpo da pesquisa em tópicos. O pesquisador não deve misturar pontos de vista sem estabelecer relações diretas com os resultados finais de estudo, pois há um relacionamento entre o contexto do problema de pesquisa com os enfoques / vertentes/eixos epistemológicos da pesquisa: positivista, fenomenológico e marxista. A visão do contexto/situação do marxismo é mais ampla no campo estudado, observando as relações de produção e de consumo, Na fenomenológico em que a realidade é imediata busca-se o significado e os pressupostos dos fenômenos. Já o Positivismo isola o fenômeno, identifica, mede, qualifica sem a sua significação e base teórica.
Para o autor as maiores deficiências nos resultados de uma pesquisa podem derivar de um embasamento teórico para explicar, compreender e dar significado aos fatos que se investigam, visto que os fatos sociais e educacionais, por sua complexidade, exigem um suporte de princípios que permitam atingir os níveis da verdadeira importância de que se estuda.?
É preciso que a busca bibliográfica seja norteada pelos conceitos básicos de uma teoria que servirá para compreender, explicar e dar significados aos fatos que o pesquisador procura estudar.
O autor traça os conceitos e características e a função das hipóteses e discute a característica das variáveis na pesquisa quantitativa e na quantitativa deve ser invertida na pesquisa qualitativa, a variável é descrita. Aponta ainda os 6 (seis) tipos de estudo, que definem como exploratórios, que consiste no aumento da experiência do pesquisador em torno de determinado problema e suporte para a ciência descritiva ou experimental, para levantamento de possíveis problemas de pesquisa, salientando que este tipo de estudo não dispensa o tratamento cientifico, nem exime a revisão de literatura, entrevistas etc.
No quinto capítulo intitulado Pesquisa qualitativa, o autor destaca o surgimento e a tendência e caracterização dos aspectos qualitativos da educação na América latina, que surgem em respostas às dimensões positivas para a explicação dos fenômenos sociais; o que provoca divergências nos aspectos qualitativos-quantitativos. Diante, também os enfoques subjetivistas-compreensivistas, que valorizam os aspectos consciências , subjetivos dos atores , e os críticos-participativos, com visão histórico-estrutural.
O autor tece severa crítica ao enfoque histórico-estrutural ?pelo fato de que este enfoque ?serve? ao regime político? devido a sua capacidade de conservar o ?status quo? social. No âmbito da discussão sobre a díade quantidade versus qualidade que a pesquisa qualitativa vincula-se à antropologia e que o método etnográfico foi criado por Malinowski.
Para o autor, esta dicotomia não contribui para o alargamento da experiência dos pesquisadores, uma vez que a quantidade não exclui a qualidade; o que não se pode é reduzir a análise de certos resultados a dados estatísticos, que servem apenas para ampliar a interpretação das informações coletadas.
Os delineamentos sistemáticos da pesquisa participante demonstram que a pesquisa qualitativa vem se firmando com diferentes enfoques teórico-metodologicos. Demonstra também como os pesquisadores têm se esforçado e lutado contra a sua própria formação tradicional.



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