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Amor De Perdição
(Camilo Castelo Branco)

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Simão Botelho, de 17 anos, filho do corregedor de Viseu, e Teresa Albuquerque, de 15, filha de Tadeu Albuquerque, inimigo do pai de Simão, são o casal enamorado de ?Amor de Perdição?, o romance de Camilo Castelo Branco escrito em apenas 15 dias quando este se encontrava preso, juntamente com Ana Plácido, o grande amor da sua vida, na Cadeia da Relação do Porto. Simão, rapaz corpulento, bonito e rebelde, estudava em Coimbra e, depois de um discurso inflamado numa Praça da Cidade, esteve preso durante seis meses. Regressou a Viseu e, aí, transfigura-se e torna-se num rapaz sossegado. Deixou as más companhias e raramente saía de casa, mas para tal havia uma razão. Simão estava apaixonado.

Simão tinha-se perdido de amores por Teresa, sua vizinha, quando, certo dia, no ano de 1805, pela janela do seu quarto, a vê pela primeira vez. A partir daí, amá-la-ia para sempre. Teresa igualmente se enamorou por Simão e a ele se dedicava, contrariando as escolhas do seu pai, que fortemente desprezava Domingos Botelho, pai de Simão. Simão e Teresa encontravam-se discretamente, sem que a família ou os vizinhos pudessem suspeitar deles. Simão prometia que cuidaria de Teresa e ela que esperaria pacientemente que o pai falecesse para que, dona de si mesma, pudesse entregar-se finalmente a Simão.

Na véspera de Simão regressar a Coimbra, quando ambos se despediam de longe, através de olhares, Teresa é arrancada da janela. Simão fica alucinado por ouvir os gritos de Teresa e nada poder fazer.

O pai de Teresa jamais consentiria num casamento entre os dois e, mais tarde, fingindo benevolência, prepara o enlace matrimonial da filha com o primo Baltazar Coutinho. Quando o primo se dirige a Teresa e lhe sugere a união dos dois, a jovem responde-lhe que é de Simão o seu coração. Baltazar, irado, difama Simão e declara a Teresa que dele a defenderá na falta de seu pai. Enfurece, assim, Teresa e, confrontada e ameaçada por seu pai, depois de este saber do diálogo entre os dois, diz que prefere ser encerrada num convento.

Mais tarde, depois de, mais uma vez, se negar a casar com o primo e de ter sido vista, à noite, nos jardins, com Simão, Teresa entra para o convento sem uma lágrima. Numa madrugada, seu pai, acompanhado de Baltazar, visita-a e oferece-lhe o regresso a casa, desde que esqueça Simão. Teresa não aceita, declarando não ser mentirosa. Nessa altura, Baltazar discute com Simão, escondido atrás das portas, e este mata-o com um tiro na cabeça.

Diz-se, na cidade, que Simão fora condenado à morte e Teresa, com o desgosto, fica muito doente. Depois do julgamento, Simão é condenado, não à morte, mas a 10 anos de degredo na Índia, e em 10 de Março de 1807, recebe intimação para sair na primeira embarcação. O navio parte e sabendo Simão o convento onde estava Teresa, pôde ver a sua amada que lhe enviara na véspera uma trança de cabelos. Teresa também o vê e sente-se mal, sendo amparada pelas freiras. A claridade dos seus olhos apagou-se e Simão vê Teresa nesse instante, enquanto recebe as suas cartas que a jovem havia cintado com fitas de seda desenlaçadas de raminhos de flores murchas que Simão lhe havia atirado pela janela dois anos antes. Simão é atacado de febre e, deitado, lê a última carta da sua amada. Nove dias depois, morre, enquanto, delirando, repetia trechos das cartas de Teresa.



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