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Utopia (descrição Da Ilha)
(Thomas More)

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Em Utopia não há propriedade privada. Tudo é da Sociedade...
Os interesses individuais são permitidos quando concorrem para
o bem da Comunidade. As necessidades coletivas predominam e
são baseadas numa filosofia do prazer. Os conceitos de prazer
e felicidade são essenciais na construção da Utopia. É pensando Em
felicidade e prazer que More vai caracterizar o sentido e razão da existência
de Utopia.
A filosofia de Utopia constrói toda uma lógica da busca pelo prazer, Com muita
lucidez, enumera uma hierarquia e classifica os prazeres físicos, intelectuais e
espirituais. A ética e a religião também são ligadas à busca pelo prazer e
felicidade.
O deus dos utopianos seria muito parecido com o cristão,
quer que seus crentes busquem o prazer e não prejudiquem
ao próximo. Este seria o Deus onipotente, universal. Mas em
utopia as pessoas também poderiam seguir outras religiões
restritas, e cultos variados, ou seja, o autor defendia idéias
de liberdade e tolerância religiosas. Contanto que o culto a esses
deuses não firam os princípios básicos da sociedade.

O bem comum, a igualdade, a ausência de orgulho mesquinho
e a busca pelo prazer. A felicidade tem de ser pensada
coletivamente. um mundo de igualdade não teria sentido se
não fosse pensado com o intuito de alcançar a felicidade.
Essa busca pelo prazer é o que vai dar uma razão ideológica para
essa sociedade igualitária mas rigidamente controlada. O trabalho,
assim como a riqueza, deveria ser distribuído igualmente a todos os cidadãos.

A descrição que Thomas More faz da Inglaterra de seu tempo, criticando a necessidade de exploração do camponês, pode ser um instrumento de possível contestação da teoria de Max Weber sobre a origem do capitalismo. More viu na igualdade material a estrutura básica para a sociedade utópica. Teve dificuldades em inserir liberdades individuais nesse universo. Esse mesmo conflito se vê em Admirável Mundo Novo, onde a sociedade ideal seguiu a mesma linha de Thomas More, porém o autor, Aldous Huxley, a apresenta de forma extremamente crítica.
Na concepção de More, o trabalho coletivo resultaria numa produção acima da necessária para a manutenção da sociedade. Parte dela será reservado para eventualidades, outra parte doada para os pobres de alguma nação vizinha. E mais outra parte é reservada para ser vendida a nações vizinhas que queiram comprar. O dinheiro resultante teria utilidade para contratar exércitos mercenários para proteger a ilha, sempre fora das fronteiras, e subornar os exércitos adversários. Recurso que não pode ser utilizado contra o utopiano comum, por que Utopia é uma ilha de paz e igualdade num mundo de violência e exploração. E se algum trair Utopia, com certeza seria punido.

More não estava sendo ingênuo, muito pelo contrário. Seu raciocínio era alcançar um mundo real em Utopia. Onde a sociedade auto-suficiente poderia produzir o necessário para acumular o suficiente para subsistência, os subornos e as tropas mercenárias, era perfeito.
No governo da ilha, os mais velhos, considerados os mais sábios, teriam mais capacidade de decidir o que é melhor para todos. Em Utopia, as decisões políticas são feitas com base em uma estrutura que tem como as células básicas a divisão em famílias. Cada família é comandada pelo homem mais velho, e um certo número de famílias vai eleger um magistrado regional que as governará.

Cada dez magistrados obedecem a um magistrado superior, também eleito e ainda elegem um príncipe. Os magistrados da ordem superior e os príncipes reunidos são o senado, e deliberam a política da ilha. Mesmo assim há um rígido controle da base popular sobre o que o senado pode fazer.
Com relação às mulheres não define o papel delas na política, mas fica subentendido que esse papel está reservado aos homens. Por outro lado, a participação das mulheres na sociedade é bem igualitária, na educação, no treinamento militar e na divisão do trabalho. Por exemplo, mesmo o casamento sendo rigidamente controlado de acordo com as necessidades coletivas, ambos os noivos deverão estar de acordo com o matrimônio. Da mesma forma, o divórcio é tão restrito ao homem quanto à mulher (daí a necessidade de escolher bem os cônjuges antes).

Os escravos de Utopia não são entendidos como parte do povo. A eles é reservado o papel de párias, e que executam os trabalhos mais duros e indignos. Mas esse papel é reservado a eles não por serem estrangeiros ou por hereditariedade, e sim por serem criminosos ou soldados estrangeiros vencidos e poupados. E mesmo assim, é muito simples deixar de ser escravo. Os filhos de um escravo não são escravos, o criminoso verdadeiramente arrependido também não, assim como o soldado estrangeiro que absorver a cultura e costumes da ilha.

A força de trabalho fundamental de Utopia é a do homem livre, a do cidadão de Utopia. Essa força de trabalho é rigidamente controlada pelo governo. A educação é oferecida a todos, e cultivada com esmero. Thomas More sabia da necessidade da difusão do conhecimento.
A guerra deve ser encarada sempre como último recurso. Embora todo cidadão receba treinamento militar, este só deve ser utilizado em caso de invasão da ilha. Pode-se dizer que as estratégias de guerra de Utopia seriam então brilhantemente lógicas dentro da sua dinâmica.  



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