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O Último Cabalista De Lisboa
(Richard Zimler)

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" O Último Cabalista de Lisboa" é um romance do escritor norte-americano Richard Zimler, actualmente a viver na cidade do Porto, em Portugal. Conta-nos uma história fantástica que se não fosse fundamentada em factos verídicos nos deixaria mais tranquilos. À medida que vai avançando no texto, o leitor sente-se enredadopor umaintriga digna de um policial moderno. Infelizmente, a acção decorre numa época da História portuguesa que envergonha qualquer cidadãoprovido do mais elementarsentido de justiça; a inaceitável violência e intolerânciareligiosa de então, vinda de quem vem, provoca um enorme desconforto no "espectador". Apetece vomitar e desistir da leitura. Contudo, Zimler possui a arte da sedução; depois de inúmeras hesitações acabamos por espreitar as páginas mais adiante e, emboradesconfiados,deixamo-nos ficar. É com desassombro que somos conduzidos, através dos becos e vielas da Lisboa de 1506, ao tempo deD. Manuel I, rei "Venturoso" para uns, cobarde para outros a quemtemeu socorrer. Era Abril, comemoravam os judeus portugueses, cristãos-novos obrigados à conversão, a sua Páscoa. Guiada e açulada pelosDominicanos,a turbapercorreu as ruas da capitalmatando semdemonstrar arrependimento, sem o perdão da apregoadapiedade cristã; erguendo o madeiro com onazarenocrucificado, os fradese a populaçainvadiram casas, palácios, escolas, oficinas, padarias,sinagogas, hospitais, balneários públicos, chacinando todos aqueles quecheirassem a "marrano"; homens e mulheres, velhos e crianças, sãos e doentes, ricos e mendigos, foram mortos sem que Cristoo impedisse. Não houve milagres; finda a orgia e feito o frio balanço, dois mil portugueses tinham sido decepados a machado ou queimados vivos no Rossio, acusados de judaísmopara Glória de Deus. Simplesmente chocante!
É neste clima de caos e terror que se dá a morte de Abraão Zarco, umiluminador da célebre escola cabalística de Lisboa, residente em Alfama. Quem terão sido os assassinos? Face ao enquadramento histórico da ficção, aos factos,tudo leva a crer quea violência é, também aqui,obra de cristãos.No entanto, Berequias Zarco, Pedroporbaptismo forçado, sobrinho e herdeiro espiritual do velho mestre, tem dúvidas. Abraão aparece morto num esconderijo secretro, conhecido apenas por um restrito círculo de iniciados na Cabala, degolado de uma forma ritualsó conhecida pelos judeus. Coloca de lado a hipótese cristã edirige as suas desconfianças para o diminuto grupo deiniciados. As suas investigações levam-no a descobrir que o tio, pressentindo a violência que se abateria sobre osportugueses de confissão judaica, se dedicava a fazer sair do país, através de uma rede de passadores clandestinos, importantes manuscritospara afé hebraica; é um destes contrabandistas que, por dinheiro emedo, trai e mata o velho Abraão. Berequias é já um homem sem fé e vinga a morte do tio. Com a família que lhe restava foge de Portugal e acaba os seus dias em Constantinopla. Não deixe de ler, ajuda-nos a desconfiar das verdades que por aí se apregoam. OLIVEIRA CASTRO.



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