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Boris Casoy E Miriam Leitão
(Laerte Braga)

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Seria interessante que qualquer análise sobre os artigos de Boris Casoy e Miriam Leitão, num primeiro momento, fossem vistos, lidos sob a ótica de que tipo de interesses representam e a que grupos são ligados.

A quimera de jornalistas independentes, preocupados com o bem do Brasil, dos brasileiros, é só quimera.

Boris Casoy integrou o famigerado CCC (Comando de Caça aos Comunistas) no período que antecedeu e se seguiu ao golpe militar de 1964. Miriam Leitão é empregada de banqueiros escreve e fala pelos setores mais reacionários de banqueiros e empresários, sobretudo os paulistas.

Casoy não foi mandado embora da ?Record? por criticar Lula. Foi mandado embora quando se percebeu que o esquema de críticas ao governo do presidente era imenso, envolvia vários grupos econômicos e políticos, passava por FHC, José Serra e os chamados grandes do tucanato.

Edir Macedo é tudo menos bobo e ali era disputa de pilantras. A histeria de Casoy contra Lula não se mostrava pelo menos dez vezes mais alucinada que aquela contra a corrupção no governo FHC.
É compreensível que neste período que antecede as eleições toda a sorte de tentativas seja feita para manter o Brasil sob controle de São Paulo, no caso de Geraldo Alckmin. Como as pesquisas indicam que o candidato vai mal das pernas, em dois estados pelo menos perde para Heloísa Helena, o jeito é bater duro no presidente.

Foi recomendação de marqueteiros. E a tática de bater por terceiros é milenar. Muitas vezes milenar. Poupa Geraldo, o mentiroso, que pode continuar a aparecer como bom moço, como quem não tem nada com isso.

Que o artigo pedindo o impedimento de Lula tenha sido publicado na ?Folha de São Paulo?, nada mais natural. A ?Folha? é porta-voz da FIESP (Federação das Indústrias de São Paulo), do tucanato, principal braço do neoliberalismo no Brasil (incluindo OPUS DEI/DASLU) e a despeito de ser um jornal nacional, continua paulista no espírito, voltado para a convicção que fora de São Paulo não existe vida inteligente e São Paulo é o guia político, econômico e espiritual do Brasil.

Que o único time de futebol do Brasil é o Corinthians (assim mesmo com o nariz torcido pois o espírito elite torce pelo São Paulo)

Miriam Leitão esteve na Venezuela três semanas antes do frustrado golpe contra Chávez, em abril de 2002. Foi fazer uma série de reportagens sobre o governo bolivariano.

Seis ou sete edições do ?Jornal Nacional? mostraram o trabalho de Miriam. Povo venezuelano insatisfeito, o país inteiro contra Chávez, todos querendo derrubá-lo, as forças armadas insatisfeitas, a democracia em risco, o de sempre quando se trata de criar condições para um golpe. Tanto pode ser o fantoche Miriam Leitão, como podem ser as inexistentes armas químicas e biológicas de Saddam.

O que conta é a versão, o que se quer é atingir são os objetivos dos donos do Estado brasileiro.

Houve o golpe contra Chávez numa quinta-feira. O ?Jornal Nacional?, na sexta e no sábado, abril de 2002, repetiu toda a cantilena que já sabíamos. Miriam Leitão havia ?previsto?, o povo não queria Chávez.

No domingo tiveram que engolir. Milhões de venezuelanos nas ruas exigiam a volta de Chávez. Cercaram o palácio, cidadãos desarmados, ou armados apenas com o ideal, a convicção e a certeza que estavam sendo ludibriados por bandidos. São iguais aqui e lá. Tem Miriam Leitão e Boris Casoy em todo lugar.

Chávez voltou. Inventaram o referendo para impedir o presidente. Chávez ganhou e Miriam e o ?Jornal Nacional? insinuaram que Chávez poderia perder. Houve eleições municipais e estaduais na Venezuela e Chávez ganhou em noventa e um por cento de estados e municípios.

Chávez é favorito para reeleger-se e com cinqüenta e oito por cento dos votos.

Miriam Leitão deve estar certa, os venezuelanos devem estar errados.

São só episódios que ilustram o caráter desse tipo de gente. O que representam.

Incensam Heloísa Helena, pois nesse momento a senadora não oferece riscos.Pelo menos de imediato. Se oferecer vão passar a chamá-la de impulsiva, sem equilíbrio, de risco para a democracia. O dilema do Brasil não é Lula ou Alckmin. Mas sem sombra de dúvidas que entre um e outro, Alckmin significa a capitulação total e absoluta.

Circula um documento atribuído à CIA (Agência Central de Inteligência), que aponta governadores, deputados, senadores, juízes, como agentes do terrorismo internacional, ao lado de muçulmanos de Foz do Iguaçu, todos financiando o PCC (Primeiro Comando da Capital). Segundo o tal documento os militares estariam atentos e o PCC seria a essa altura maior e mais forte que o Hezbollah.

Faz parte do jogo também. O documento menciona que uma célula terrorista foi desbaratada no Paraguai (colônia norte-americana ao sul do Brasil) e lá descobriram em vários documentos a ameaça terrorista ao Brasil.

Insistem em atribuir a Lula ligações com as FARCs (Forças Armadas Revolucionários da Colômbia).

Faz parte do jogo.

O que há por trás disso é uma sórdida disputa de poder. Querem a chave do cofre e a caneta que nomeia, transfere e demite.
Boris Casoy e Miriam Leitão são agentes dessa turma.



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