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Pedagogia Da Autonomia
(Paulo Freire)

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FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia ? Saberes necessários à prática educativa. 14ª Edição. Paz e Terra. São Paulo. 1996O autor, nesta obra, faz críticas ao ensino tradicional, alegando que a tarefa do educador não é de transmissor de conteúdos, mas também é tarefa do educador formar os educandos para desempenharem seu papel como verdadeiros cidadãos.Para Paulo Freire, para se conseguir formar os educandos adequadamente, se faz necessário que o professor tenha um posicionamento ético que o impossibilite fazer qualquer tipo de discriminação, seja de raça, de gênero, de classe. Em várias partes do livro, Paulo Freire vai afirmar e reafirma a seguinte verdade:?Significa reconhecer que somos seres condicionados mas não determinados. Reconhecer que a História é tempo de possibilidade e não de determinismo, que o futuro, permita-se-me reiterar, é problemático e não inexorável?. (pág. 21)E o que ele quer dizer nesta frase é que apesar de todos os pesares, de todas as injustiças que vemos, a esperança deve ser fomentada continuamente, pois o determinismo não existe. Apesar de que tantas dificuldades nos levem a crer que a sociedade vigente vai se perpetuar, existem possibilidades de mudanças. Freire nesta frase nos lembra que a ?História é tempo de possibilidade?, querendo dizer enquanto estivermos vivos e conscientes devemos lutar por um mundo melhor. Ele vai reafirmar esta verdade na frase abaixo:?Devo enfatizar que este livro é um livro esperançoso, um livro otimista, mas não ingenuamente construído de otimismo falso e de esperança vã?.(pág. 21)Infelizmente uma vez que boa parte dos educadores não passam de meros ?professores?, que se preocupam apenas com a transmissão de conteúdos, faz com que essa tentativa de ser imparcial, diante do mundo, por parte do professor, faz com na verdade ele faça a opção de perpetuar a sociedade vigente, pois não há neutralidade em educação. Pois mesmo que o professor não se defina entre a perpetuação da classe dominante vigente ou a luta contra as desigualdades sociais, sua neutralidade o fará estar contribuindo para a primeira opção. E fará com que os educandos acreditem no fatalismo, que nunca poderão crescer, que sua realidade social será sempre a mesma, que na verdade nasceu para passar fome mesmo, chegam até a colocar o nome de Deus no meio dizendo que é a vontade de Deus. Neste sentido, Freire nos diz: ?A ideologia fatalista, imobilizante, que anima o discurso neoliberal anda solta no mundo. Com ares de pós-modernidade, insiste em convencer-nos de que nada podemos contra a realidade social que, de histórica e cultura, passa a ser quase natural.? (pág. 21)O autor também em diversas partes do livro fala do respeito que o professor deve ter para com o aluno. Pois ele mesmo diz que não há docência sem discência. Desta forma é dever do professor aguçar no aluno a criatividade para que eles possam acrescentar algo ao mundo em que eles vivem.Freire vai lembrar que:?A prática docente crítica, implicante do pensar certo, envolve o movimento dinâmico, dialético, entre o fazer e o pensar sobre o fazer?. (pág. 43)Pois o verdadeiro educador é aquele que avalia sua prática para que possa assim perceber se ele está atingindo os objetivos traçados. É uma prática muito comum entre os professores avaliar os alunos quanto aos conceitos apreendidos, mas nem sempre avalia a sua prática docente. E não avalia porque sua presunção o considera perfeito, acabado. Mas professor que está consciente de que é um ser inacabado saberá que precisará de avaliação constante, para continuar sua própria construção.É preciso também compreender quais são os interesses do mercado de trabalho, tão sonhado pelos jovens. Será se eles tem real interesse em jovens formados de fato, ou eles preferem jovens simplesmente tecnicamente formados? Precisamos estar consciente de que o mercado de trabalho é formado pela classe dominante e que o interesse de que a sociedade permaneça como está é todo deles. Neste sentido Paulo Freirevai nos dizer:... o empresário moderno aceita, estimula e patrocina o treino técnico de ?seu? operário. O que ele necessariamente recusa é a sua formação que, envolvendo o saber técnico e científico indispensável, fala de sua presença no mundo. Presença humana, presença ética, aviltada toda vez que transformada em pura sombra. (pág 115)Paulo Freire, vai nos dizer que:Não sendo superior sem inferior a outra prática profissional, a minha, que é a prática docente, exige de mim em alto nível de responsabilidade ética de que minha própria capacidade científica faz parte. (pág. 163)O que Freire faz neste trecho é um alerta aos educadores de maneira geral. Tanto quanto à sua auto-estima, que muitos educadores perderam, sentindo-se diminuídos diante de outros profissionais quanto para que não fiquem com sua formação estagnada. Pois como estimular o aluno para que seja estudioso se o próprio professor não é? O professor precisa se preocupar com a sua formação tanto quanto deve se preocupar com a de seu aluno.Ao final de seu livro, Freire faz um último apelo que por si diz tudo:Se não posso, de um lado, estimular os sonhos impossíveis, não devo, de outro, negar a quem sonha o direito de sonhar. (pág. 163)Escreva o seu resumo aqui.



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