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Vidas Secas
(Graciliano Ramos)

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Publicado em 1938, Vidas Secas aborda a problemática da seca nordestina e da opressão social. A narrativa compõe-se de treze quadros que leva o leitor a acompanhar o passo dos retirantes num percurso incerto. O romance gira em torno de um casal, Fabiano e Sinhá Vitória, dois filhos identificados como menino mais novo e menino mais velho e a cachorra Baleia. Os magros retirantes são apresemtados, cada um por sua vez, o que mostra a individualidade de cada um e o isolamento familiar, gerado pela condição desumana a que são expostos.Em seqüências justapostas, constituem episódios autônomos entre si, podendo ser lidos em qualquer ordem. Foi classificadocomo romance desmontável, devido a seus capítulos serem publicados, inicialmente, em forma de contos isolados, em jornais e revistas. O começo e o fim da obra são similares, pois Se inicia com uma fuga e acaba-se em outra, como ciclo perpétuo de seca e águas, obedecendo à ordem: retirada ? fazenda ? retirada. É neste círculo que problemas geográficos e sociais se transpõem, de tal forma, que parecem ser fatalidades sem saída, como a miséria em todos os seus sentidos: físico, espiritual, social e cultural. A precariedade geográfica é que provocará o drama da narrativa, no nomadismo da família, provocado pela seca, a tortura causada pelo medo do futuro, a impotência do homem diante da paisagem desafiadora que lhe reduz as aspirações e a possibilidade de sobrevivência. Assim, a natureza seca contribui para o agravo da situação das personagens. O realismo de Graciliano é crítico, e por meio deste, percebemos a denúncia das condições subumanas do caboclo sertanejo, calado por um sofrimento de séculos. Passivo diante dos poderosos, igualando-se, quase, aos animais. Além da seca, os personagens enfrentam a opressão e o autoritarismo dos que podem mandar: o dono da fazenda onde vivem, o soldado amarelo e o fiscal da prefeitura, simbolizando a opressão das instituições sociais, as quais beneficiam-se do fenômeno da seca. A obra, então, desmascara o drama da vida malfeita, dos homens mal vividos e esquecidos.Mostra com maestria as mutilações sociais e emocionais irreversíveis que o sertão, ambiente hostil, pode provocar nas personagens, projetando diferentes faces da opressão e da miséria, aspectos que interagem com o psicológico das mesmas.Podemos interpretar, que, ao construirseres de papelcom características que jogam, de forma antagônica, com a consciência de ser explorado e a aceitação dessa exploração, Graciliano manifesta a sua própria condição de engajamento e de defesa em favor do sertanejo oprimido. Teríamos, então, nos momentos de lucidez do personagem Fabiano, a manifestação da postura ideológica do autor, não há forma melhor de manifestá-la, que pela voz da própria personagem, uma vez que a mesma, é sua criação.



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