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O Grau Zero Da Escritura
(Roland Barthes)

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Polêmico desde o título (Barthes utilizou um conceito de escritura que difere do conceito de escrita). O estudo sobre Camus que se seguiu a esse livro provocou um longo debate com o autor, que rebateu algumas observações sobre a ambivalência da linguagem em A Peste. Nesse termo ecoou o passado de Barthes, cujo pai, falecido prematuramente, fazia escrituras no cartório. Esses ensaios de Barthes são o anúncio do estruturalismo que, na final da década seguinte, dominaria o ambiente das Ciências Humanas. Barthes, de crítico literário, avançou para posições de pensador e estudioso da linguagem e dos símbolos. O autor estava consciente de estar criando uma teoria original, distante tanto da teoria marxista do fenômeno estético, elaborada por Lukács (que Barthes evita citar. Os autores que ele não gosta, ele nunca cita. Ele prefere Sartre, Camus, Michelet, Brecht, Goethe, entre outros). Barthes escreveu o título falando em Grau Zero da Escritura porque sabia da originalidade da teoria que daí por diante passaria a desenvolver. Partindo da análise dos mais diversos conteúdos em Mitologias, ainda com juízos ideológicos, Barthes passou cada vez mais a analisar as formas, as estruturas e o estilo dos autores, não só literários: Arcimboldo, o pintor, também foi objeto de suas análises. Barthes percebeu a despreocupação da esquerda com a luta cultural e com as forma em muitas da obras que aceitava. Barthes trabalhou seus livros e em suas análises com a idéia de que a literatura tem de ser a subversão da forma, o logro, a trapaça da linguagem. Sem isso, não existiria obra inovadora. Seus textos oscilam entre a colagem ou análise de fragmentos de autores que ele gosta, predominantemente franceses, os exercícios de um estilo, muitas vezes tentando realizar a tese que ele nunca defendeu na Academia (devido aos seus problemas de saúde) e os estudos aprofundados de Lingüística e Semiologia. É praticamente impossível falar no estudo dos signos sem tratar de Roland Barthes.



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