Uma esquina de subúrbio em qualquer lugar do mundo traz à tona esta história. Melhor, esta história poderia estar acontecendo em uma esquina suburbana em qualquer lugar do mundo. Ainda mais: diz respeito aos meninos que vão ser
gente grande logo. E, de súbito, estão às voltas com os dilemas todos postos pelos maiores desafios que adultos podem encontrar: coragem, covardia, orgulho, humildade, honra. Os meninos são o que já fomos ontem. São o que nossos filhos ainda pequenos serão um dia.
A narrativa é de tal forma envolvente e dramática que transporta aos dias de sua pré-adolescência, quando já se julgava um adulto e ainda não deixara de ser a criança travessa a chutar lata nas calçadas e atirar pedras nas portas dos mais velhos para correr no rumo da noite, como se fosse ficar invisível e ninguém pudesse adivinhar sobre você, seus parceiros e seus esconderijos... Do outro lado da rua.
Bem, qualquer lugar do mundo é um exagero literário: as esquinas foram arredondadas pela WEB e a Internet ainda não permite a reprodução das aventuras dos Meninos da Rua Paulo.
Sem estereótipos, já nã se amarra mesmo cachorro com lingüiça há algum tempo, nem a guerra é
risonha e franca, como provam os assassinatos de crianças por foguetes.
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