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Brinquedo Assassino
(Indisponível)

Toda criança sonha em ser feliz

Jogada no mundão, do crime um aprendiz

Cheiro de morte espalhado no ar...

Papai noel de preto veio me buscar



Deus ilumine o paraiso da criança

Mesmo seus problemas desde o jardim de infância

Mesmo se a policia não matasse fosse um bem

Mesmo se um pastor no psico rouba alguém...

Porque a vida sempre ofereceu pra mim a morte

A morte me chamou pra brincar me oferecendo a sorte

Nunca ninguém me deu um ponto positivo

Quando fui roubar me chamaram de agressivo

Vim de uma familia desestruturada

Que a fome fez da mãe de um homem uma empregada

Pro boy pisar, me enfurecer, me enlouquecer

Foi nessa que um "tiozinho" veio me dizer:

Primeiro te darão um oitão e umas paradas

Pra vender na esquina e viciar a molecada

Depois darão

Carro, casa com piscina e pá...

Depois o diabo vem na porta me chamar



R: Brinquedo assassino não sai da minha mente...

Era de ferro, com doze balas no pente

Brinquedo assassino não sai da minha mente

E o fim de ano foi melhor pra muita gente



Jogava video game quando alguám me chamou

Levantei, abri a porta nem vi quem atirou

Minha mão tá gelada, não sinto meu braço

Não posso me mover do pescoço pra baixo

Pelo corpo todo o gelo amargo do frio

O ecoda quadrada

Do monstro me ferindo

Se eu tivesse chance seria jogador

cantor de rap pra expressar minha dor

vem a parte podre muitos contra nois pobreza e frustração

na alma a revolta na cauma se sente o trauma em sua volta o

paraiso é meu paradeiro

normal pra mim

ver refem morrer de fome no cativeiro

e mesmo que me arraste e me amordaça

na tragedia pra classe media sou mais uma atração

de sexta a comédia

meu mundo construido tipo castelo de areia

lapidado com muita droga na veia

abandonei a escola da rua fiz abrigo

na malandragem um discurso agressivo

Eu vi meu próprio sangue no meu rosto escorrer

Lembro que um casal de crente disse vai morrer

Depois de alguns segundos a multidão vem me olhar

Com o olho saindo pra fora e o corpo a agonizar



Refrão



Meu coração parou e um anjo negro me mostrou o caminho

Onde eu encontraria rosas ou espinhos

Prossegui o caminho vi um bebê pedindo esmolas

Bush, Sadam jogando bola

O tio Patinhas deu dinheiro pra mim

Uma linda enfermeira e uma freira disse assim:

Que Deus o livre das trevas

Leia Jó pra nova geração um mundo melhor

Vi a Hebe, a Xuxa internadas num asilo

Pelé loiro na Europa

Pedindo exilio

Parecia pesadelo sangue eu vomitava

Gelou o corpo todo e eu quase não escutava

No grito a chacina socorro eu tava morto

Senti a mão quente dela no meu rosto

Não sei, será que no ceu eu vou viver com os orfãos

Ou vão rasgar meu corpo num hospital e vender meus órgão

Antes a cavalo, quatro rodas é o futuro

Eu também ia matar

Me deitaram cheio de furos

Lembrei na hora dos conselhos dos meus pais

Falavam não vá

Eu queria mais

A máquina do homem ligada ao coração

Deus tocava minha alma dizendo eu sou a salvação

Se for caaz de viver sem crime, sem drogas

E hoje eu rasgo o mundo de cadeira de rodas



Refrão










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