Amídalas
(Chacal Antônio Pedro/ Barreto/ Evandro Mesquita)
Eu acordo todo dia
Canto tal e qual a Gal
Te que numa manha fria
Quiz cantar e me dei mal
Eu liguei pra minha tia
Totalmente assim sem voz
Receitou homeopatia
Mas quiz algo mais veloz
Quase que eu fui à loucura
(chá, cama, e beijo na boca)
Com a tal acumputura
Tomei muito chá exótico
(Vovó falou)
E acabei no antibiótico
(Ta mal! Ta mal!)
Rouco, muito rouco e sem razão
Fui parar no hospital
Na sala de cirurgia
Quase vi o meu final
Na hora da anestesia
Um enfermeiro estagiário
Com uma seringa na mão
Me mandou virar de bruços
Falei: “que é isso, coração?”
Acordei no dia seguinte
(suco, sorvete, e maçã)
E nem vi a luz do sol
Só vi minhas amídalas
(doutor falou)
Num vidrinho de formol
(ta bom! Ta bom!)
Rouco, muito rouco e sem razão
Hoje rouco e sem razão
Um problema me abala
Qual será a operação
Que vai me devolver a fala?
Extraíram minhas amídalas
(quase ficou sem gogó)
Me deixaram assim sem voz
Adeus minhas amigas
(amídalas)
Eu estou em maus lençóis
(adeus! Adeus!)
Rouco muito rouco e sem razão.
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