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Refém Da Vida
(Pedro Dugin E Diego Azevedo)

Mais um camburão dobrou a esquina

Mais uma morte, um noticiário, uma família

À espera de seu Zé que sempre trazia

O pão de cada dia com suor do seu duro trabalho.

Aquele dia era só mais um dia normal

Acordava cinco e meia e ia direto pro hospital

Auxiliar de enfermagem era sua profissão

Tinha muito orgulho disso trabalhava com o coração



Em seu emprego era bem reconhecido

Muito longe pra quem era só mais um preto fudido.

Trabalhava desde os nove como engraxate

Com a pressão das ruas, aos 13 já fumava crack

Parou o estudo para sustentar seu vício

Cabeça de moleque fraca, ele sabia disso

No início era fácil, depois começou a complicar

O trocado que ele usava começou a lhe faltar

Achou uma coisa que lhe dava muito mais dinheiro

Vapor da boca, pouco a pouca ele fazia o seu conceito

No domingo era folga na boca Tonhão

Futebol, com o pé descalço era a sensação



A cada dia que passava ele ganhava mais respeito

Bermudas, camisas e um batidão no peito

Achou no trafico um esconderijo para sustentar

Seu vício, resquício de alma má

Veio gerente da boca botou o ferro na sua mão

Disse: meu amigo agora você vai fazer uma missão

Pegar o busão pra zona Sul pra fornecer a playboyzada

Ele sabia, havia algo de errado na estrada

Numa encruzilhada ele via

A porta de uma viatura que agora se abria

Se correr os homi atira, se ficar os homi pega

Guerreiro do morro nunca amarela



Entre quatro paredes ele se via sentado num canto

E com sede de matar, é, sede de matar

O ódio em sua mente aflorava e fazia surgir idéias que nunca

estariam ali

O prazer de viver, só vivendo pra crer. A fuga perfeita foi

aparecer



Aos dezoito, reviravolta em sua vida

Seu pai matou sua mãe por causa de bebida.

José decide mudar, vou pra escola me formar

Já ta na hora do colégio acabar

Descolou um trabalho num super mercado

Foi despedido, pois pegaram ele queimando um baseado

Ele queria ser só do bem, mas a sociedade o condena também, sou

refém



Mas José era um vencedor

Deu a volta no destino

Como todo sofredor

Os seus filhos ele criou com muito amor

Mesmo sem dinheiro sua família sustentou

Quem foge da realidade no céu não vira doutor



Umas 10 ele pegava o caminho de casa

Aos 33 sua família já estava formada

Do hospital ele saia morgado

Trabalhava o dia inteiro e no final fumava um baseado

Agora parecia tudo corrigido

Ele lutou a vida toda pra não ser bandido

Ele não merecia isso Jose era trabalhador

Bum bum bum e acabou



Ele era só mais um, a história de um homem comum

Entre barracos um corpo tapado

Tiro na nuca corta a vida de aliado

Milhões e milhões, barracos, mansões

Jovens cercados de ilusões

Menos um batalhador, mais um santo salvador

Um verdadeiro refém da vida...










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