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Madrugada
(José Luís Tinoco)

Dos que morreram sem saber porquê

Dos que teimaram em silêncio e frio

Da força nascida no medo

E a raiva à solta manhã cedo

Fazem-se as margens do meu rio.



Das cicatrizes do meu chão antigo

E da memória do meu sangue em fogo

Da escuridão a abrir em cor

Do braço dado e a arma flor

Fazem-se as margens do meu povo



Canta-se a gente que a si mesma se descobre

E acorda vozes arraiais

Canta-se a terra que a si mesma se devolve

Que o canto assim nunca é demais



Em cada veia o sangue espera a vez

Em cada fala se persegue o dia

E assim se aprendem as marés

Assim se cresce e ganha pé

Rompe a canção que não havia



Acordem luzes nos umbrais que a tarde cega

Acordem vozes e arraiais

Cantem despertos na manhã que a noite entrega

Que o canto assim nunca é demais



Cantem marés por essas praias de sargaços

Acordem vozes, arraiais

Corram descalços rente ao cais, abram abraços

Que o canto assim nunca é demais

O canto assim nunca é demais










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