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Dia 12 De Outubro
(Facção Central)

DIA 12 DE OUTUBRO FACÇÃO CENTRAL







Olhei pro passado e lembrei da infância

Dos brinquedos, brincadeiras das outras crianças

Eu lembrei dos sonhos perdidos

Aqui é foda, o presídio sempre vence o livro

Vi dezenas de vidas no crime, passando em branco

Muito ódio na mente nenhum adianto

Vi muleque que poderia Ter sido jogador

Corria, fintava era o dono do jogo

Sonhava com corinthians, seleção

Mas tomou uma goleada de um oitão

6 a 0 no peito placar decretado

pra ele não tem pentacampeonato

no pagode, no rap vários talentos

na timba, nas technicks, no pandeiro

em vez de disco, cd, uma fita

fita errada que fulminou suas vidas

de futuro advogado ou artista

descarregando uma pt e morrendo na mão da polícia

aqui são raros os bem sucedidos

mas os que são, jogam futebol ou meteram latrocínio

pra uem é pobre é bem comum

talento, vocação um dom, acabando em um bum

ou atrás de uma grade que merda

matando o companheiro por um palmo de cela

ou limpando o chão da firma do playboy

ou com 30 anos trampando de office boy

com o jornal amarelo de manhã bem cedo

sonhando com qualquer emprego

porra eu não queria ser ladrão

mas também não vou puxar carroça com papelão

eu não queria minha vida passando em branco

mas pobre no Brasil é assim ou é emendigo ou assaltante debanco.



(refrão 2x)

Droga, carro-forte, assalto à banco

Tantas vidas que passaram em branco

Quantas lágrimas, quantos homicídios

Quantos futuros na lata de lixo



Aí mãe, eu vou vencer e a senhora vai ter orgulho

No outro dia era só mais um defunto

Ou numa cela imunda qualquer

Projeto falido de vitória como o sistema quer

Enquanto o lazer for pipa, e o ensino escola sem professor

É não se mexe que é assalto doutor

Um país se faz pela educação

Quem planta arma colhe corpo no chão

Temos que acreditar na favela, no cortiço

Chega de morrer por migalha de mofar em presídios

Dá um tempo de presidiário e defunto

Quero diploma, jovens dignos sem algemas no pulso

O muleque fumando pedra na madrugada

Pode ser o juíz e a menina futura advogada

Ou a professora da escola

Que tenta dignificar nossa história

Ô pátria amada idolatrada

Incentivo, não à escola desqualificada

Não quero Ter que usar o meu talento

Pra cravar meu ódio no peito de outro detento

Não quero ver futuro jogador de bola

No caixão com coroa de flor em memória

Nem ver futura professora de português

Na esquina esperando o seu freguês

E nem o músico da favela

Batendo numa caixa de fósforos, cantando na cela

Ei Brasil no barraco lá no morro

Existem seres humanos não cachorros

Respeite e terá um cidadão

Desrespeite o boy sente meu ódio sem compaixão

Quem leva tiro dá tiro sem dó

Tira a comida do meu prato é clá, clá, pum! virou pó

Sem dor, sem pena não faz diferença

Quem planta esquecimento colhe violência

Questão de inteligência

Seu erro, sua morte, minha sobrevivência.










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