Letra da Música Sujeita

Fim do Silêncio relata a sujeita rotina policial;

Discriminação social;

Meu cabelo, sua cor;

Nosso jeito de ser, nosso jeito de se vestir;

E Fim do Silêncio vem mais ou menos assim;

Do lado leste da periferia São Mateus.

Sujeita rotina policial;

Querem nos tratar como marginais;

Superiores de nível irregular;

Mente treinada pra matar;

Fim do Silêncio está aqui para relatar;

São Mateus Pra Vida pode acreditar;

Muitas vielas estreitas quebradas fudidas;

Sou periferia sou periferia.

Aqui tem em todos lugares gente humilde de vida;

Vida sofrida;

A cicatriz do passado;

Que lembra hoje na periferia;

Estou cansado de ser discriminado;

Sendo tratado como marginal;

Aqui te interrogam te julgam e não tem conversa;

Destroem sua vida querem te ver na merda;

Manipuladores com símbolo de proteção;

Para a população;

Mentirosos com um grito têm grana;

E se promovem por trás da televisão;

E a sociedade nos acusa como ladrão;

Por maior poder se requisição, requisição, caralho;

Vão para o mesmo buraco;

E a polícia se incomoda com a nossa gente;

Com maestro e poder quer se promover;

Poder debaixo de tanta sujeira;

Eles invadem sua casa sem mandato judicial;

E te bate e bate como se fosse um marginal;

Te bate e te chuta e te faz sofrer;

Não te deixa se explicar só quer te zoar;

Te bate te bate não quer nem saber;

Mas primeiro te acusam pra depois você se defender;

Covardes fora da rotina um civil normal;

Mas por trás de sua farda um matador profissional;

Parceiros em geral, canos pesados;

Milanesa e pra quem se coçar PU-RA-PÁ um abraço;

Olha seus putos fardados não tem o que fazer;

Enquadram pai de família que sai da periferia;

Para trabalhar obtendo sua família em primeira lugar;

Um futuro digno para o seu filho ele quer dar;

Ele só vai pro trabalho e não tem á que sujeitar;

Discriminação social será que não nos deixam em paz;

Não somos marginais, não somos marginais, não somos marginais.

(4x) Do lado do lado do lado;

Do lado escuro do lado escuro da periferia.

FDS HC revolucionário.

É de hoje na periferia;

Se eles te pegam na madrugada em São Mateus;

São pânicos lotados, extinto caralho;

Confundindo a minha mente inevitável;

Aqui não tem otário;

Sou um cara conscientizado;

Retratando idéias pra vocês;

Somos Fim do Silêncio do lado leste de São Mateus;

Cara de mentes abertas, idéias certas;

De gueto favela de gueto favela de gueto favela.

Se liga sangue bom por que;

FDS relata pra vocês;

De gueto favela mais uma vez;

Fim do Silêncio relata pra vocês;

De gueto favela mais uma vez;

Trilha de favela, trilha de favela, trilha de favela.

Mais uma vez.

“Não adianta chorar”;

“A polícia na rua faz o seu próprio sistema”;

“Não adianta gritar”;

“Mataram meu filho”;

“Não adiaaaaaanta”;

“Mas ainda estamos vivos”;

“Não adiaaaaaaanta”;

“A comunidade da favela nunca vai morrer”;

“Não adiaaaaaaaanta”;

“Comunidade da favela nunca vai morrer”;

“DESGRAÇADOS”.