Forró de Caruaru
(Herbert Lucena/Wellington Branco)
Nem todo coco faz cocada
Nem todo sapo é cururu
Nem todo papagaio fala
Nem todo sanfoneiro é Zé Tatu
Nem todo forró que toca em rádio
É como o forró de Caruaru
O forró da minha terra é muito bom, é arretado
O cabra dança o tempo inteiro na cidade ou no roçado
Tem forró de rima e verso tem repente improvisado
Não dá pra ficar parado nesse forró embolado
Nem todo bucho faz buchada
Nem todo rato é gabiru
Nem todo galo canta
Nem todo batuque é maracatu
Nem todo forró que toca em rádio
É como o forró de Caruaru
Lá quando toco um forró é aquele buruçu
Tem gente de todo canto tem do Norte, tem do Sul
O forró é bom pra mim, e também é bom pra tu
Eita forró bom danado esse de Caruaru
Nem todo imbu da imbuzada
Nem todo gado é Zebu
Nem todo rio tem piaba
Nem todo mel é de uruçú
Nem todo forró que toca em rádio
É como o forró de Caruaru
Tem Sivaldo no pandeiro, no batuque ritmado
Tocando pro mundo ouvir um forró bem temperado
Nego Basto na zabumba quando bate trem o chão
Chama Gerson e Zé Gago pra entrar nesse rojão
Nem todo bicho faz seda
Nem toda volante é direção
Nem toda água é ardente
Nem todo valente é Lampião
Nem todo forró que toca em rádio
É feito com amor de artesão
Caruaru é Mazurca, Xaxado, Coco e Baião
Harmonia na gaita de Tavares
Melodia na voz de Azulão
São os 8 baixos de Heleno
E o pife do Mestre João
É Tavares, Azulão e Heleno
João do Pife é forró, é camarão
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