BUSCA



Buscar por Artista
   A | B | C | D | E | F | G | H | I | J | K | L | M | N | O | P | Q | R | S | T | U | V | W | X | Y | Z


Jogando Truco
(Indisponível)

O TRUCO é um jogo tão guasca

Como a Tava e as Chilenas.

Velhas cartas Sarrancenas

Quatro a quatro, do Ás ao Rei

Trucando assim me criei

De Mano, Quatro, Oito ou Seis

E até jogando de Três

Muito Carancho tosei.



Baralho e mando que cortem

Dando por baixo, uma a uma,

Cuidando se alguém se apruma

Pra ver senha de jeito.

É preciso muito peito

Pra não sair do recau

Olho esquerdo é o Ás de Pau

Ás de espada - olho direito.



Hay que ter muita malícia

Que TRUCO é jogo do diabo.

A senha do Sete Brabo

Que vem primeiro, é o de Espada,

Carta muito cobiçada

Tem uma importância louca:

Canto direito da boca

Mais ou menos repuchada.



Sete de Ouro, canto esquerdo,

Carta de muita valia.

Um pobre Três se arrepia

Quando o Belo cai no cocho.

Senha pra Dois é um muxoxo

Que desnorteia o mais sábio.

Pra Três, se morde o lábio

Quando o jogo corre flocho.



Quem joga bem, faz senha

Até de Güeime e de Rei.

Com Cavalo já ganhei

E a Sota as vezes escora.

No jogo hay sorte e caipora,

Conforme a volta nos topa.

Dei QUERO em cinco de copa

Sem botar partida fora.



Envite é o jogo dos pontos

Digo ENVIDO ou REAL ENVIDO

- A Falta seu atrevido!

- QUERO mesmo e te esborracho!

Trinta e dois é ponto macho,

Trinta também é do diabo,

Mas Trinta e Três é o mais brabo,

Levanta os outros por baixo.



São linda de ouvir-se as falas

E os refrões do jogador.

Três cartas de um naipe é FLOR

Que a gente acusa cantando:

"Iba a mis pagos rumbeando

Derecho a mi podre Rancho

Quando cruzome un caranho

Mi FLOR de china llevando!"



E assim meio entreverado

Num dialeto de Fronteira

Se canta FLOR de Abobreira,

De Espada, de Ouro e de Pau:

"Estaba un capincho anidau

Haciéndo un cigarro de holla

Diciendo a la panza floja

Yo tengo FLOR mi cuñau!"



" Su nombre, no era Floduarda,

Ni tampouco Florentina,

Su nombre era Florisbela

E ahijuna! Que FLOR de china!"

E assim, nessa relancina,

Sem dar prejuízo nem lucro,

O TRUCO é o jogo mais chucro

Da carteação campesina.



Com FLOR se pucha três tentos

Seis pontos - Da CONTRA FLOR

TRUCO é dois, seja onde for

RETRUCO em três tentos fica.

VALE QUATRO o nome explica

Não precisa ensinamentos.

Perde também quatro tentos

Quando alguém com FLOR se achica.



O ENVIDO começa em dois

Quando o parceiro não pula

Mas tem gente que nem mula

Que vai até a FALTA ENVIDO.

Geralmente o mais engrido

Quando pegado em mentira

Ri amarelo enquanto atira:

"Vou le dar seu atrevido!"



É bom que saiba quem joga:

Jogandor nunca é sincero

Pois "Queria" não é QUERO

Nem "Vou le dar" tem valor.

E aquele que fala FLOR

Se não tiver, perde ponto,

Isso acontece com tonto

Quando se mete a cantor.



De quatro, de Seis e de Oito

Há um segredo entre os primeiros:

Não brigar c´os companheiros

E o Pé mandar na jogada.

É a ciência mais acertada

De quem maneja uma vaza:

A primeira, sempre em casa,

O resto se faz na estrada.



E dizer, quando se é Pé:

Companheiro! Não se afogue,

Venha e nem negra me jogue

Seu parceiro é taura forte.

Com cueradas não se importe

Se alguém lhe pulsear a vaza,

Pois formiga cria asa

Quando está querendo a morte.



Se alguém le contrapontear

Do outro lado da carona:

- Rinho a ponto essa rabona

- Pois não fio nem empresto,

Erga sempre o seu protesto,

Não fuja de pulseador,

Nunca se achique com FLOR,

Meta: - CONTRA FLOR O RESTO!



Jogador é que nem china

Não se contenta com QUERO

E aquele Sete que espero

Pra um Trinta e Três bem fanhoso

Quase sempre é mentiroso

Como promessa de amor

E só louco truca FLOR

Quando o naipe é perigoso.



E com Trinta e Três de espada

Nunca jogue o seis primeiro.

FLOR pequena, meu parceiro,

Sempre se canta em voz alta,

Pois se a fraqueza ressalta

Não faltará quem le minta.

Com ponto abaixo de Trinta

Não bote nem queira falta.



Nunca tive pretensões

De mestre nem professor

Mas chambão cantando FLOR

Jamais me rouba o sossego,

Pois tirei, quando borrego,

Meu diploma de carpeta

Debaixo de uma carreta

Sobre um carnal de pelego.



E aprendi que nesse jogo

Se mente grosso até a morte.

A magra é a dona da sorte

E tem tudo a seu favor,



Mas comigo, não senhor,

Pouco me importa o que faça

Pode roubar-me a carcaça

Mas morro cantando FLOR!










Passei.com.br | Portal da Programação | Biografias

DESTAQUES NETSABER
- Biografia
- Biografia de Santos Dummont
- Segurança de Computadores
- Apostila de Sociologia
- Enciclopedia em Inglês
- Apostila de Contabilidade Básica
- Receita Federal
- Natal
- Biografia de Van Gogh
- Apostilas de PHP
- RBD
- Biografia de Pablo Neruda
- Papai Noel
- Correios
- Inep
- Biografia de Albert Einstein
- INSS
- Harry Potter
- Apostilas HTML
- Biografia de George W. Bush
- Curso Espanhol
- Gravidez
- Biografia de Benito Mussolini
- Biografia de Adolf Hitler
- Templates HTML
- Câncer
- Câncer de Mama
- Câncer de Pele
- Biografia de Tales de Mileto
- Concursos Públicos
- Vestibulares
- Vestibulinhos
- Primeira Guerra Mundial
- Segunda Guerra Mundial
- Tabagismo
- Cigarro
- Templates Flash
- Nazismo
- Fascismo - Resumo de Livros
- Sexualidade
- Biografia de Tom Jobim
- Drogas
- Apostilas SAP
- Biografia de Tancredo Neves