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Natal Galponeiro
(Indisponível)

A cuia do chimarrão,

É o cálice do ritual,

E o galpão é a Catedral

Maior da terra pampeana,

Que de luzes se engalana,

Para esperar o NATAL.



A cuia aquece na palma

Da mão da indiada campeira,

Dentro da sua maneira,

Rezando e chairando a alma,

Para recuperar a calma,

Que fugiu do mundo inteiro.

Enquanto o estrelão viajeiro,

Já vem rasgando caminho,

para anunciar o "Piazinho",

A Virgem e o Carpinteiro.



Em nome do Pai,

- Do Filho e do Espírito Santo,

É o chimarrão que levanto,

E o vento faz estribilho,

A prece do andarilho,

Ao Piazito Salvador,

Filho de Nosso Senhor,

Do Espírito e do Pai,

De volta a terra aonde vai,

Falar de novo em amor!



Tem sido assim - dois mil anos,

Ninguém sabe - mais ou menos,

Vem conviver com os pequenos,

De todos os meridianos,

E repetir aos humanos,

As preces de bem querer.

Quem sabe até - pode ser,

Que um dia seja atendido,

E o mundo velho perdido,

Encontre paz para viver.



Ele sabe da apertura,

Em que vive o pobrerio,

A fome - a miséria - o frio,

Porque passa a criatura,

Mas que - inda restam - ternura,

Amizade e esperança,

É que pode, a cada andança,

Mesmo nos ranchos sem pão,

Aliviar o coração,

Num sorriso de criança!



Pra mim - que ouvi na missões,

Causos de campo e rodeio,

Do "Negro do Pastoreio",

Cruzando pelos rincões,

Das lendas de assombrações,

E cobras queimando luz.

Foste - Menino Jesus,

O meu sinuelo de fé,

Juntando ao índio Sepé,

O Nazareno da Cruz!



E a Santa Virgem Maria,

Madrinha dos que não tem,

Fez parte - sempre - também,

Da minha filosofia,

Eu que fiz de Sacristia,

Os ranchos de chão batido,

E que hoje - encanecido,

Sou sempre o mesmo guri,

A bendizer por aí,

O pago que fui parido!



E o Nazareno que vem,

Das bandas de Nazaré,

Chasque divino da fé,

Rastreando a luz de Belém,

Ele que vai morrer também,

Pra cumprir as profecias.

É Natal - nasce o MESSIAS,

Salve o Menino Jesus!

Mas o que fogem da luz,

O matam todos os dias.



Presentes - "Papais Noéis",

Um ano esperando um dia,

Quando a grande maioria,

Sofre destinos cruéis.

O amor pesado a "mil-réis",

E mortos vivos que andam,

Instituições que desandam,

Porque esqueceram JESUS,

O que precisa, é mais luz,

No coração dos que mandam!



Que os anjos digam amém,

Para completar a prece,

Do gaúcho que conhece,

As manhas que o tigre tem.

Não jogo nenhum vintém,

Mesmo sendo carpeteiro,

Mas rezo um Te-Déum campeiro,

Nessa Catedral selvagem,

Pra que faça Boa Viagem,

O enteado do Carpinteiro!










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