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Sertão em carne e alma
(Ivanildo Vila Nova / Geraldo Amância / Amazan)

Ei sertão, ei sertão

É meu pedacinho de terra

Minha vida, meu sertão



No sertão quando é bem de manhãzinha setanejo se acorda na palhoça

Chama o filho mais velho para a roça a mulher toma conta da cozinha

Faz o fogo de lenha e encaminha um guisado, angu quente ou fava pura

E depois de fazer essa mistura sai faceira igualmente uma condessa

Com um quibongo de barro na cabeça e vai levar aos heróis da agricultura



Ei sertão, ei sertão

É meu pedacinho de terra

Minha vida, meu sertão



No sertão a tarefa é muito dura mas se tendo a colheita, a criação

Ferramenta da roça, produção uma rede, um grajau de rapadura

Umas dez polegadas n cintura a viola, uma baú, uma cabaça

A tarefa e um litro de cachaça mescla azul, botinão, chapéu, baeta

Fumo grosso, espingarda de espoleta e um cachorro mestiço bom de caça



Ei sertão, ei sertão

É meu pedacinho de terra

Minha vida, meu sertão



É preciso ter muita paciência, guardar milho num quarto empoiolado

Sustentar criação com alastrado numa terra que tem pouca assistência

Trabalhar numa frente de emergência esperando o inverno que não vem

Insistir, crer em Deus e tratar bem, manter sempre a família tão unida

Do chão seco arrancar o pão da vida sertanejo faz isso e mais ninguém



Ei sertão, ei sertão

É meu pedacinho de terra

Minha vida, meu sertão



No verão quando o sol se desortina se escuta o zumbido das abelhas

O balir melancólico das ovelhas o dueto dos passáros na matina

O bonito alazão sacode a crina o vaqueiro abolando chama a rês

Os canções gritam todos de uma vez acusando a presença da serpente

Num concerto de música diferente da orquestra sinfônica que Deus fez



Ei sertão, ei sertão

É meu pedacinho de terra

Minha vida, meu sertão



E o traje do homem camponês quando sai pra uma festa ou para a feira

A calça de mescla, uma peixeira um paletó listrado ou xadrez

Umas botas de couro de uma rês para dançar forró enquanto é moço

Um chapéu abalado, grande e grosso com uma pena qualquer de um passarinho

E a medalha fiel do meu padrinho num rosário enfiado no pescoço



Ei sertão, ei sertão

É meu pedacinho de terra

Minha vida, meu sertão



Falar mal do sertão hoje eu não ouço não se entrega ao cansaço ou enxaqueca

Um herói pelejando a seca contra a cheia combate sem sobrosso

Respeita a moral de velho ou moçca também quer ver a sua respeitada

Sem Brasil a América é derrotada com Brasil a América vale mil

Sem nordeste o Brasil não é Brasil e sem sertão o nordeste não é nada



Ei sertão, ei sertão

É meu pedacinho de terra

Minha vida, meu sertão



Sem Brasil a América é derrotada com Brasil a América vale mil

Sem nordeste o Brasil não é Brasil e sem sertão o nordeste não é nada










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