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Aquele Zaino
(Aureliano de Figueiredo Pinto - Noel Guarany)

"Entre os cavalos que eu tive

ouve um zaino requeimado!

Era bom como um pecado,

de pata e rédea - um relampo!

Bonito para um passeio.

Garboso e atirando o freio

em toda a lida de campo."



Foi de fama, esse pingaço

arrocinado por mim!

Orelhas grandes assim

como pombas araganas.

Por seu galope hay tiranas

que ainda se alembram de mim.



"Os grandes tiros de laço,

os de parar a gauchada,

e os pealos de encornada,

mais do que a vista e que ao braço,

e os devia ao grande pingo!"



E quantas vezes, ringindo

cincha, bastos, e caronas,

me levava às querendonas,

pelas tardes de domingo!



"Sentava-lhe um cogotilho!

Fogoso para um floreio,

mansito para um idílio.

Por noites de tempo feio,

certo no rumo ou no trilho.

E até recordo um enterro

em que um taura ia pra toca:

Ao tranquito...acompanhando...

meu zaino...ia se ladeando...

pra um selim de chinoca."



Foi um amigo que eu tive,

esse zaino requeimado!

Só de lembrá-lo revive

uma saudade importuna.



"Nele, firme no lombilho,

eu me sentia um caudilho

nas vanguardas da coluna"



"Nos bailes, de madrugada,

(ou mesmo n'algum bochincho...)

preso ao palanque, alarmado,

chamava o dono enredado,

pelos clarins do relincho!"



"Como a dizer: -está na hora,

Patrão, de voltar a estância!

Já chega de extravagância,

Amigo, bamos simbora!"

Logo as chilenas cantavam,

o lenço e o pala ruflavam,

e as toaditas retrechavam

no galope estrada-fora."



"Por tardes, cabeça erguida,

olhava ao longe...desperto.

Talvez sonhando a aventura

da correria e a loucura

de algum sultão do deserto."



"Dos seus ancestrais, na Ibéria,

decerto algum foi montado

por alguém que não entangue

o tempo a memória de ouro!

Batalhas de luso e mouro,

que ainda carrego no sangue."



Às vezes corria à toa,

solto, em violento furor,

em tão tremendo atropelo,

tal se levasse de em pêlo

um guarany boleador.



"Lavado em suor, venta aberta,

uns olhos de javali!

Estampa de alarma e alerta,

cogoti de buriti.

Com as orelhas mais inquietas

que gavião quiri-quiri!

Como se um trovão tronasse

e o velho Osório o montasse

nos campos de Tuiuti..."



By Joeder










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