Pixaim (arraiá Dos Incanti)
(Valter Freitas e João Gomes)
ê budum no vento traz
cheiro bom de Zendi
canto por encanto, ah, minha gente
da Guné, meu tom nagô
pituim
recende inté, ser da pele quente
sente como dengue, ai dessa gente
luz da força Afé Xangô
Olurum lundu rajou
ah, me deu merengue
rengo no repasse eu não me rendo
nem rebenque me dá dor
ubá ubá-que tambô-que batuque melexa
flecha que flecha caminho que fecha
que fecha pajé sacaca cavalo
das águas-tabaque
ô Pena Verde real
'reio im mata e matagal
ubá ubá-que no muque na peia
na peia trouxe uma pena de arara
os incanti quimbundos
ô Pena Verde real
ponto im terrero e quintal
cantiga pre-tu bangulê
lâ bangola pre-tu no arraiá
iá tê bréa Zamb'Olê bangue
ê zambê d'Angolá qui me dá
batu'Caxamb'Olereiê
iê serena'bo Carinhê chá
chá te põe na chula um pererê
rê arriba a xara e xarará
zabumba pre-tu-que-bumbá
bum na bumba pre-tu-boi dançar
tu te põe nhô pret'um pererê
re te dú no canto o guajar'ah
que'ess'Encanto
sabi-do-re-mi-retorce
é redengue lá tum-tá tuiê
de pari-guelê Luiererê
me d'aroier'Araiana, rinha Sire...
costado que dê suncê suncê
costado que dê dudiereiê
retumba tu cunhã nhê ien
cujuba ruba o guaraná
sabê d'Angola agora é 'cê
no Surinã tá Cametá
a cuera peste andú n'ocê
uarubé te faz curar
suruba semo, zambo axé
da Kindi 'à vida no Guamá
vi
tupi naiê no sol
ah, no sol vi Zambi
quibas e serenos, reis e nambis
Iorubanos e Krahós
pixãim me vi crescer
crendo nas Umbando
grande me foi Gandhi, além dos andes
arribú amoramor... lerê...
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