A Lenda I
(Porão 365)
É impossível não me emocionar
Toda vez que conto essa história
Cheia de ódio, maldade e rancor
Mas que o amor teve sua vitória
Nando e Cláudia foram assassinadas
Suas vidas lhes foram tiradas
Duas pessoas com futuros e sonhos
No mesmo dia foram sepultadas
A lenda diz que Nando voltou
Pra fazer justiça e se libertar
E diz a lenda que um a um encontrou
Morte estantânea sem ao menos gritar
Em sua roupa negra junto ao corpo
Brilhava a ira deste justiceiro
E o seu olhar pra quem pode ver
Era vazio frio e morteiro
Muitos dizem que ele era o demônio
Outros preferem não acreditar
Mas o homem vestido de negro
É a lenda deste lugar
Nunca fez mal a pessoa alguma
Só quis deixar a sua alma pura
Sua vingança foi cumprida à risca
A maldição do corvo guitarrista
E o verão daquele ano imortal
Ficou marcado pelas noites de chuva
O beco escuro e sobrenatural
Deixou suas marcas no clarão da lua
A lenda diz que um solo de guitarra
Era tocado no edifício 15
Que foi cenário daquela noite
Inesquecível por causa dos crimes
Após vingar-se de seus criminosos
Foi encontrar-se com sua amada
E os segundos foram eternos
Pra duas almas já purificadas
Muitos dizem que ele era o demônio
Outros preferem não acreditar
Mas o homem vestido de negro
É a lenda deste lugar...
É a lenda deste lugar...
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