Pavan considera coerente depoimento de Ludwig
      O líder do governo na Assembléia Legislativa, Ivar Pavan (PT),  considera coerente o depoimento que o ex-comandante da Brigada Militar, Roberto Ludwig, prestou à CPI da Segurança Pública nesta segunda-feira, dia 13 de agosto. “Ele manteve as críticas que vem fazendo à área da segurança pública de uma forma muito serena, sem superdimencioná-las”, avalia.
Pavan afirma que a existência de divergências pontuais entre o ex-comandante e a Secretaria de Segurança não revela qualquer anormalidade. “Pelo contrário, a existência de divergências é normal no processo democrático. Só onde impera a ditadura é que as diferenças são banidas”, assinala.
Para o petista, a oposição confunde debate sobre ações a serem implementadas com ingerência política. “Quem sempre governou  na base do canetaço tem dificuldade de entender uma discussão ampla sobre a política a ser implementada. Governar com democracia é mais difícil e mais lento, mas o resultado é muito melhor para a sociedade”, salienta.
Embate Ideológico -   O líder governista avalia que o embate que está sendo tratado na CPI da Segurança Pública é de ordem ideológica. “Setores da oposição acusam a polícia gaúcha de ser contemplativa, tendo como parâmetro a truculência adotada por governos anteriores. Na verdade, clamam pela volta à repressão, mesmo que o custo seja a vida humana”, aponta, lembrando que foi este “tipo de concepção política que patrocinou chacinas como a de Carandiru ou a repressão violenta aos movimentos sociais”.
Segundo Pavan, estes setores  defendem uma Brigada Militar para reprimir os pobres e os movimentos populares. “Para eles, não basta que a Brigada prenda. É preciso que sentencie também”, compara.
Pavan considera que houve um avanço qualitativo na relação entre os órgãos de segurança pública e a população gaúcha nos últimos dois anos. “A prioridade é preservar a vida dos cidadãos, evitando confrontos desnecessários e abuso de força e respeitando os direitos humanos. É justamente isto que os conservadores não perdoam”, conclui. 
 08/13/2001
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