"A Ferro e Fogo" mostra saga da revolução federalista do Rio Grande do Sul na tevê, diz Simon



O senador Pedro Simon (PMDB-RS) chamou a atenção para a exibição da série A Ferro e Fogo , baseada na obra do escritor Josué Guimarães, na RBS TV (Rede Brasil Sul de Comunicação), que mostrará a complexidade e a riqueza da história do Rio Grande do Sul e do Brasil. O documentário, dividido em treze capítulos, conforme explicou, trata do período da revolução federalista no Rio Grande do Sul, um dos mais importantes da história do estado e que marcou a vida do povo gaúcho.

- Mesmo sendo de âmbito regional, alguns desses episódios tiveram impacto em momentos decisivos da história do Brasil - disse Simon.

Para o senador, a RBS vem desenvolvendo, nos últimos anos, uma série de programas que mostram a identidade do Rio Grande do Sul. Ele destacou a exibição de Histórias Extraordinárias , sobre mitos e lendas, e, no campo da teledramaturgia, as séries Contos de Inverno , Histórias Curtas e Curtas Gaúchos .

As gravações de A Ferro e Fogo começaram em dezembro do ano passado e foram feitas em vários municípios, como São José do Norte, Bagé, Uruguaiana, Viamão, Santa Maria, Rio Grande, Passo Fundo e com locações também no Uruguai, na Argentina e no Paraguai. Os episódios envolveram o trabalho de cerca de 450 pessoas, segundo o senador. No capítulo de estréia, sábado passado (22), o ator Werner Schünemann homenageou o escritor Josué Guimarães.

A produção literária de Josué Guimarães é riquíssima, na opinião de Pedro Simon. É composta de 24 obras, entre romances, novelas, coletâneas de artigos e de contos, literatura infantil e participação em várias antologias. Seu primeiro romance, A Ferro e Fogo - Tempo de Solidão, foi editado em 1972. A obra trata da colonização alemã no Rio Grande do Sul e é a primeira da trilogia inacabada.

O segundo volume foi lançado três anos depois, A Ferro e Fogo - Tempo de Guerra. Em 1977, o romance Tambores Silenciosos foi agraciado com o 1º Prêmio Érico Veríssimo. O escritor, nascido em São Jerônimo, também participou da vida política do país. Em 1951, foi eleito vereador. Em 1961, passou a ocupar a direção geral da Agência Nacional, hoje Empresa Brasileira de Notícias. Em 1964, com a deposição do presidente João Goulart, refugiou-se em Santos (SP), onde passou a viver na clandestinidade sob o nome de Samuel Ortiz. Nascido em 7 de janeiro de 1921, Josué Guimarães morreu em 23 de março de 1986, em Porto Alegre.



24/03/2003

Agência Senado


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