Agripino responsabiliza câmbio pelo fim da produção de barrilha no país
O senador José Agripino (PFL-RN) disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva é o homem da auto-suficiência do petróleo mas também é o mesmo que zerou a produção da barrilha no país. Em pronunciamento nesta terça-feira (25), ele apontou a valorização do real diante do dólar como a causa da interrupção do funcionamento da Companhia Nacional de Álcalis (CNA), localizada em Arraial do Cabo (RJ), única produtora de barrilha da América do Sul.
Utilizada principalmente na produção de vidro e tinta, a barrilha, explicou Agripino, é um pó granulado feito de calcário e sal. A fábrica da CNA no Rio de Janeiro importava o sal do Rio Grande do Norte, o calcário de Minas Gerais e utilizava o gás do gasoduto da Bolívia. O senador explicou que, com a queda do dólar, as empresas passaram a importar a barrilha de outros países a preços menores que os cobrados pela Álcalis. Por isso a produção foi interrompida.
O Rio Grande do Norte, explicou José Agripino, teria condições de produzir barrilha a preços competitivos, independente da cotação do dólar. A Alcanorte, fábrica cuja construção foi iniciada a cerca de 30 anos e nunca foi ativada, está localizada a 15 quilômetros das salinas de Macau, município responsável pela produção de 99% do sal brasileiro. O calcário pode ser encontrado no terreno da própria empresa e o gás natural está na cidade de Guamaré, a 40 quilômetros de Macau.
- Por uma sucessão de azares, a Alcanorte hoje é um grande cemitério que dá dor de ver. São pilares, peças de concreto, tubulações e equipamentos que seriam a fábrica que daria a auto-suficiência de barrilha ao país. O empresário que adquiriu a Alcanorte na privatização, um homem decente, entrou em dificuldade financeira e dela não saiu - lamentou José Agripino.25/07/2006
Agência Senado
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