Aloysio Nunes critica política econômica do governo após crise mundial iniciada em 2008
O senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) lembrou nesta segunda-feira (16), em Plenário, os cinco anos completados da quebra do banco americano Lehman Brothers, em 2008, que resultou na eclosão de uma crise econômica mundial. Desde então, alertou o parlamentar, já são percebidos sinais de recuperação nos Estados Unidos, na Europa, no Japão e até nos países emergentes, mas não no Brasil.
Segundo o senador, o país está ficando de fora desta “onda de reanimação” devido à má condução da política econômica. Aloysio chegou a comparar a gestão petista no campo da economia a um voo de galinha: de curta duração e muito barulhento.
– Parece que o governo se acomodou e se esqueceu de prosseguir tomando providências que poderiam resultar em perspectiva melhor para a economia. Para o consumidor, inflação; para o empresário, insegurança jurídica e alta taxa de juro; para o produtor rural, ineficiência logística – reclamou.
Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), Aloysio Nunes lembrou que o terceiro trimestre do ano foi iniciado com retração, após fraco desempenho da indústria e da agricultura. Sobre a inflação, o parlamentar disse que o governo se acostumou erradamente com índices muito próximos e até acima do teto da meta, o que gera um quadro de instabilidade e cria um ambiente de insegurança ao investidor.
Licitação
Ao falar sobre os problemas de transporte no país, o parlamentar citou o fracasso da licitação da rodovia BR-262, entre Minas Gerais e Espírito Santo, como exemplo de má gestão da infraestrutura brasileira.
– O governo apostou tardiamente na busca do capital privado para obras de melhorias de infraestrutura. Depois de décadas demonizando esta estratégia, resolveram fazer uma concessão mal feita. O resultado foi este: um dos filés mignons, a BR-262, foi um fracasso. Não apareceram licitantes interessados na rodovia – afirmou.
Para ele, houve várias falhas que afastaram possíveis interessados, entre elas, projeção errada do fluxo de veículos, falta de segurança na regulação, erro na fixação das taxas de retorno, além da própria ineficiência governo.
– Qual investidor privado vai entrar num barco furado desta ordem? – indagou.
Para o senador tucano, a equipe econômica está sem rumo.
– Trata-se de um governo ineficiente e que não sabe para onde vai. Não é de se espantar o clima de desesperança se abata sobre os agentes econômicos. Tenho certeza de que falta muita coisa no Brasil, mas falta principalmente um bom governo. Algo diferente do governo do PT – concluiu.
16/09/2013
Agência Senado
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