Para Aloysio Nunes, política econômica está desgastada



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O senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), em pronunciamento nesta segunda-feira (10), atribuiu a queda na avaliação da presidente Dilma Rousseff ao pessimismo crescente da população diante das soluções propostas pelo governo contra a inflação e o desemprego. O parlamentar, que citou a elevação do risco de investimento no Brasil, acredita que o crescimento econômico "pífio", a inflação alta e as contas públicas descontroladas podem levar a eleição presidencial de 2014 ao segundo turno.

- É lugar-comum nas análises e projeções políticas: quando temos uma situação econômica de prosperidade e afluência, as pesquisas tendem a favorecer quem está no governo. A pesquisa é uma fotografia do momento, mas mostra algo que é muito grave para as ambições de quem está no poder e se submeterá a uma reeleição - afirmou.

Entre os fatores que apontam para dificuldades crescentes para o governo, Aloysio citou o impacto da inflação sobre o poder de compra da população de baixa renda, a situação de "petição de miséria" da infraestrutura, a deterioração das contas externas, a falta de competitividade internacional da economia e a taxa de investimentos abaixo da necessária para um desenvolvimento sustentável:

- É um conjunto de fatores que vão chegando ao conhecimento da opinião pública e vão contribuindo com a sensação de que é preciso mudar - disse.

O senador ainda classificou como uma "bola de ferro" para o próximo governo os empréstimos do Tesouro Nacional para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que, em seu ponto de vista, beneficiaram algumas grandes empresas, mas seus resultados positivos não foram percebidos pelo povo brasileiro.

Em aparte, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) pediu ao governo para "abrir os olhos" diante da crise econômica, que, para ele, dominará o debate político. Ele acredita que o discurso do governo não transmite mais credibilidade, e comparou a situação do Brasil com as "bolhas" especulativas que atingiram a Espanha, a Grécia e Portugal.



10/06/2013

Agência Senado


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