Antônio Carlos Valadares defende extinção gradativa da CPMF



Em discurso no Plenário nesta quarta-feira (14), o senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE) comentou a aprovação, na terça-feira (13), pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), de proposta de emenda à Constituição (PEC) que prorroga a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). O senador lembrou que a matéria foi aprovada graças a acordo firmado pelo governo, que se comprometeu a fazer mudanças na forma de cobrança dessa contribuição. Diante disso, o senador afirmou que votará a favor da prorrogação do imposto, mas defendeu sua extinção gradual.

Valadares destacou que as alternativas para o acordo surgiram no âmbito da base aliada e elogiou o acordo feito entre oposição e governo. O senador elencou pontos que considera favoráveis entre as modificações acertadas: contenção de gastos do governo, principalmente com pessoal; aplicação de um redutor de 0,02 ponto percentual ao ano na CPMF, o que garantirá alíquota de 0,3% em 2011 e extinção gradativa do imposto; isenção assegurada aos brasileiros que ganhem menos de R$ 2.894,00, que beneficiará 35 milhões de contribuintes.

Antônio Carlos Valadares acredita que o fim abrupto do imposto, conforme havia sido proposto pelo relatório da senadora Kátia Abreu (DEM-TO) na CCJ, poderia "redundar numa crise ainda maior para setores como a saúde e para programas como o Bolsa Família".

O orador afirmou que o Senado demonstrou, com a aprovação da matéria, que vota de acordo com o "interesse maior da Nação" e elogiou a atuação de parte da oposição, que votou, na opinião dele, de acordo com os interesses nacionais. O senador defendeu a futura extinção da CPMF e destacou que o fim do imposto deverá estar previsto na reforma tributária que o governo começará a debater no Congresso ainda neste mês.

- Vamos fazer a reforma tributária para não precisarmos da CPMF - afirmou.

Em aparte, o senador Sibá Machado (PT-AC) destacou que a CPMF vem contribuindo para que a Receita Federal tenha maior rigor na fiscalização de operações financeiras e defendeu que o imposto seja mantido no futuro, com alíquota muito baixa, para que mantenha essa característica.

- A redução gradual da alíquota é um bom caminho e, a partir de 2011, a CPMF funcionaria apenas como instrumento fiscalizatório - disse Sibá.

O senador Wellington Salgado (PMDB-MG) elogiou a "tranqüilidade" com que foi feita a negociação entre governo e oposição e o senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) afirmou que, desde 2003, quando a CPMF foi prorrogada até 2007, o governo sabia que o imposto deveria ser extinto neste ano.

- O governo Lula deveria ter se preparado para ficar sem a CPMF a partir de 2007- lembrou.



14/11/2007

Agência Senado


Artigos Relacionados


Antônio Carlos Valadares comenta aprovação da CPMF na CCJ

Antonio Carlos Valadares defende PT e critica PSDB

Antônio Carlos Valadares defende revitalização ambiental do São Francisco

Antônio Carlos Valadares defende programa espacial brasileiro

Antônio Carlos Valadares defende eleições com lista fechada

Antonio Carlos Valadares defende soluções pacíficas para a violência