Arthur Virgílio critica propostas do governo
A reforma tributária proposta pelo governo, disse nesta quarta-feira (18) em Plenário o líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM), aumentará a carga tributária do país. A reforma previdenciária enviada pelo Executivo, por sua vez, promoverá, a seu ver, a desestruturação do serviço público. Ele classificou as duas propostas como -fraquinhas e ruinzinhas-.
Com essas palavras, Arthur Virgílio respondeu ao líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), que, minutos antes, tinha acusado o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso -de não falar a verdade- na entrevista que concedeu ao site do PSDB. Na entrevista, o ex-presidente disse, entre outras coisas, que o atual governo estaria -exagerando na dose- ao manter os juros altos e a política fiscal apertada.
Arthur Virgílio estranhou que o governo e a sua base de sustentação no Congresso Nacional tenham criticado Fernando Henrique por haver externado suas opiniões. O país, recordou o senador, vive numa democracia plena, razão pela qual ele rechaça qualquer -tentativa de intimidação- de impedir que o ex-presidente exponha os seus pensamentos.
- Fernando Henrique falará toda vez que assim o desejar e for necessário para o bem do país - disse Arthur Virgílio, que estranhou, também, comparação feita por Aloizio Mercadante de Fernando Henrique ao ex-presidente argentino Carlos Menem. Na sua opinião, o ex-presidente -é um dos mais respeitáveis homens públicos da América Latina e do mundo-.
Arthur Virgílio também criticou o aumento de 1% concedido aos servidores públicos, o crescimento do desemprego em todo o país e a tentativa do governo de reajustar o salário mínimo para R$ 240,00, em vez de lutar pelo valor de R$ 252,00. E fez votos para que a taxa de juros, a ser anunciada nesta quarta-feira (18) pelo Comitê de Política Monetária (Copom) tenha uma queda de, no mínimo, dois pontos percentuais. Menos do que isso, observou, seria um -rebaixamento cosmético-.
18/06/2003
Agência Senado
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