Arthur Virgílio questiona promessa de crescimento



Para o senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) não há base na promessa do governo de que, no mês de julho, começa o -espetáculo do crescimento- para o país. Altas taxas de juros, o desemprego, o baixo desempenho do Produto Interno Brasileiro (PIB) e a queda da renda per capita são as evidências, apontadas pelo senador, que depõem contra a promessa governamental.

- No mínimo, está faltando implementar a infra-estrutura sobre a qual deve trilhar o tão decantado, e necessário, crescimento econômico - observou o parlamentar, acrescentando que o presidente poderia ter sido mais comedido sem precisar deixar de lado o otimismo.

Segundo o senador é impossível conciliar crescimento com juros altos. Com base em estudos do professor Celso Funcia Lemme, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o senador advertiu sobre as altas taxas de juros, que superando os 17%, impossibilitariam o crescimento. Arthur Virgílio ressaltou a importância de o governo recorrer a tais estudos antes de emitir seus pronunciamentos.

Além das taxas elevadas de juros, o senador, recorrendo a artigo publicado pelo jornalista Joelmir Betting, apontou como obstáculos para o crescimento -a perda de 14,2% na renda e de 12,8% no emprego-. O senador também afirmou que o PIB, com um desempenho de 1,5%, é outro índice que coloca em cheque as palavras do presidente.

O senador finalizou o seu discurso afirmando que o governo deveria ter como preocupação a austeridade fiscal e a estabilidade monetária para garantir o crescimento, mas, em vez disso disso, se preocupa -em punir a brava senadora Heloísa Helena (PT-AL)-.



08/07/2003

Agência Senado


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