Associações disputam a Zona Sul
Associações disputam a Zona Sul
- A Associação dos Moradores do Leblon elege, nos próximos dias, a sua nova diretoria. Enquanto isso, uma dissidência cria a auto proclamada Associação dos Moradores Independentes do Leblon.
Em 17 bairros, com 629.564 habitantes, há 60 instituições registradas. "Só um grupo não dá conta de tudo. Há interesses locais bem determinados", avalia Eduardo Barbieri, presidente de uma das 12 associações de Copacabana. Entre as organizações comerciais, a representatividade provoca acusações e disputas na Justiça.
- "Visitante na galeria!" O grito se repete de cela em cela até que todos os presos façam silêncio. O aviso é dado cada vez que alguém entra na ala subterrânea do presídio Ary Franco, em Água Santa, subúrbio do Rio. O ritual se repete em Bangu 3 ou no Talavera Bruce, visitados pelo "JB".
Para os detentos, sinal de respeito. Na verdade, uma forma de evitar que os carcereiros os flagrem usando celular ou drogas. Fora das grades, a tensão de quem trabalha desarmado e sujeito à ação dos 'maus agentes' corruptos.
- Teste realizado pelo "JB" prova que leis estaduais e regras do Código de Defesa do Consumidor são desprezadas por grandes redes do comércio varejista e setores de serviços.
Compradores e clientes também não conhecem seus direitos. O pedido de nomes de amigos ou parentes que possam dar referências no momento de abertura de um crediário é proibido por legislação estadual, por se tratar de prática constrangedora.
Negar crédito à pessoa idosa também é ilegal, assim como não apresentar, por escrito, as razões para negar o parcelamento a um cliente. A legislação obriga, ainda, prestadoras de serviço a marcar hora para a visita de um representante, embora a maioria das empresas insista no amplo "horário comercial'. (...)
- Patrícia Pillar atua nas campanhas de Ciro Gomes e de combate ao câncer de mama, Rosinha Matheus quer suceder o marido, Anthony Garotinho, no governo do Rio. Mônica Serra, professora da Unicamp, se mantém longe da política, como Marisa Letícia. Ambas só atuarão ao lado de José Serra e de Lula, respectivamente, no momento decisivo. (
- Com a vitória de Jacques Chirac, segundo analistas praticamente certa, a França abre hoje o terceiro e mais importante turno da sucessão: a disputa para as eleições legislativas de junho. O susto dado pela extrema direita, de Jean-Marie Le Pen, transformou essa votação de secundária a crucial tanto para a governabilidade de Chirac quanto para a sobrevivência da esquerda.
Filósofos e intelectuais franceses acreditam que dela emergirá o novo modelo político do país. O problema é que ninguém arrisca prever qual será.
- Entre os 60 países avaliados no "Mapa da Violência III", divulgado sexta-feira pela Unesco, somente Colômbia e Porto Rico estão à frente do Brasil em número de jovens assassinados. A estatística, digna de envergonhar até os países mais violentos, parece ainda não ter encorajado os candidatos ao Palácio do Planalto a criar uma estratégia para combater o problema.
A menos de seis meses da eleição, os quatro mais bem colocados nas pesquisas não apresentaram ou ainda esboçam programas que tratem especificamente de jovens entre 15 e 24 anos.
O secretário nacional de Direitos Humanos, Paulo Sérgio Pinheiro, defende o Governo federal.
Alega que o Planalto não é o principal culpado e acusa os estados e os municípios. "Como estamos em ano eleitoral, espero que os candidatos levem esses dados em conta", desafia.
Por enquanto, não estão levando. Luiz Inácio Lula da Silva, concorrente à Presidência pelo PT, não possui nenhum programa voltado para o jovem. A proposta, ainda em desenvolvimento, é baseada no Projeto de Segurança Pública para o Brasil, publicado este ano pelo Instituto Cidadania.
- Em 1998, o publicitário Nizan Guanaes fundiu alguns neurônios até bolar o formato de alguns dos programas de TV da campanha de Fernando Henrique Cardoso à reeleição. Precisava acomodar na tela um cabo-eleitoral de influência maior do que a percebida pelas estatísticas: a antropóloga Ruth Cardoso.
Sem trucagens, maquiagem ou roteiros pré-definidos, a mulher do Presidente cumpriu à risca o dever. Foi ela mesma nos "talkshows" exibidos à tarde. Nada mais. Só exigiu uma coisa. Não ser chamada de primeira-dama. Foi atendida.
- Nos últimos sete anos, o presidente do PFL, senador licenciado Jorge Bornhausen (SC), era recebido toda a terça-feira com gentileza e gratidão pelo presidente Fernando Henrique Cardoso, no Palácio do Planalto. Freqüentava os jantares no Alvorada e participava das decisões do Governo. Os olhos azuis brilhavam.
Agora, estão avermelhados e cansados com a indefinição do quadro da sucessão presidencial. Dúvidas e incertezas infernizam a cabeça do "Alemão", como os políticos chamam Bornhausen.
- O Brasil tem 26 estados e um Distrito Federal, mas na conta da sucessão presidencial o resultado é outro. O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, tem até agora nada menos que 50 palanques a sua espera em todo o País.
São quase dois por unidade da Federação. O petista Luiz Inácio Lula da Silva está logo atrás, com 33. Ciro Gomes, do PPS, tem 21, e Anthony Garotinho, do PSB, só tem 14 - menos de meio palanque por estado. Lula e Serra são, até agora, os únicos a ter apoio em todos os estados nas eleições majoritárias. (...)
- A Procuradoria Geral da República formalizou no Superior Tribunal de Justiça denúncia contra o homem de confiança de Geraldo Brindeiro, subprocurador-geral Miguel Guskow, acusado de falsidade ideológica e crime contra o sistema financeiro.
A petição, dos subprocuradores-gerais Raimundo De Bonis e Eduardo Dantas Nobre, está com o ministro Ruy Rosado, relator do inquérito. Se a Corte Especial do STJ acolher a denúncia, Guskow passará à condição de réu em processo criminal.
Colunistas
COISAS DA POLÍTICA - Dora Kramer
No auge da impaciência, um político do PMDB abre a guarda e acaba revelando o alto coeficiente de irritação em vigor no partido com os senões impostos aos nomes dos prediletos da direção peemedebista para compor, na vaga de vice, a chapa de José Serra à Presidência: "Ele quer uma mulher? Ótimo, arrumamos uma e, se preferir, negra".
Trata-se, evidente, de uma ironia com os critérios mais simbólicos que politicamente realistas, muito em voga entre publicitários responsáveis pelo aconselhamento aos candidatos.
É fato que pesquisas qualitativas e quantitativas indicam - e o desempenho de Roseana Sarney em sua curta carreira de candidata a presidente da República demonstrou -, que as mulheres são extremamente bem recebidas pelo eleitorado. Mas é verdade também - como de resto ficou provado no caso de Roseana - que há mulheres e mulheres. O gênero, portanto, por si só, não garante o sucesso a ninguém. (...)
Editorial
"SUCESSÃO - CASTELOS NO AR"
Mais dois bancos estrangeiros recomendaram aos clientes a redução dos investimentos em títulos brasileiros. Um deles, o holandês ABN Amro, atribuiu a cautela ao crescimento de Luiz Inácio Lula da Silva nas pesquisas eleitorais. O outro, o espanhol Santander, explicou que sua atitude não recebeu influência dos eventos políticos, teria apenas acompanhado a tendência do mercado financeiro que vê riscos crescentes no Brasil.
Ou seja, o Santander agiu como autêntico maria-vai-com-as-outras e aderiu à especulação franca e desabrida. Faria melhor se acompanhasse a estratégia do tradicional JP Morgan, que não viu motivo para rebaixar o status do Brasil.
Com história e tradição, o Morgan não vai arrisc ar a imagem aderindo a falsas expectativas. Tem mais o que fazer.
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05/05/2002
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